17 de set. de 2015

O escritor independente e o sucesso

Neste vídeo, Henry Bugalho fala da importância de se conhecer o mercado editorial, sua frustração em ver seus originais rejeitados por grandes editoras. Baseado em sua experiência, ele recomenda que a gente deve aprender mais e mais sobre o funcionamento das editoras e não desistir. 


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A crítica literária no Brasil hoje

O conferencista Paulo Franchetti expõe de forma sucinta a importância da crítica e dos críticos, o destino da Literatura e a pouco visibilidade que tão dando pra ela. Assista e confira.
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11 de set. de 2015

A bola



A bola rola fora do coração.
A bola boia no espaço. É levada pelo vento e se enrola.
Eu olho quando elas sobem vestidas de claridade. As bolhas. E se transfiguram em moscas volantes.
Bola. Bolha. Mosca. Acima da minha venta.

E fui outro. E fiquei cheio. E fui saco, mas não dos outros. 
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8 de set. de 2015

Violência doméstica

 
A violência doméstica é o que mais faz as crianças procurarem a rua. Tive muitos amigos que viveram essa situação. Elas apanham e querem ficar longe de casa. Começaram a alternar a escola com a rua. Depois abandonam a escola e ficam só na rua. São pressas fáceis, ainda mais porque a ausência da figura paterna é muito grande.

JÚNIOR, Otávio. O livreiro do Alemão. São Paulo: Guia dos Curiosos Comunicações, 2011. p. 31.
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20 de ago. de 2015

Existe literatura feminina?


Ana Martins Marques concedeu entrevista ao Suplemento Pernambuco. Em uma das indagações, ela opina sobre a literatura feminina. Confira!

Vou te encaminhar uma pergunta que me fizeram em uma recente mesa com outros escritores (todos homens): existe literatura feminina? E mais: existe literatura feminista? E além: a militância em uma causa é essencial à literatura?

Pessoalmente sempre me incomodou que a recepção da literatura escrita por mulheres ficasse frequentemente atrelada à questão do “feminino”, que essa fosse quase sempre a questão de início, o que nunca acontece em relação à literatura escrita por homens. Nunca vi nenhum homem ter que responder se, afinal, existe ou não existe “literatura masculina”. O fato de um escritor ser homem não é considerado uma idiossincrasia, uma singularidade, e a literatura escrita por homens nunca ou quase nunca é lida como “literatura masculina” (ela é lida como “universal”, embora “masculino” e “masculinidade” sejam posições tão construídas quanto “feminino” e “feminilidade” e embora obviamente seja possível detectar marcas de uma “experiência masculina” em textos escritos por homens). Para mim a escrita literária é um lugar de deslocamento, de invenção, de alteridade; me interessa pensar a literatura como esse lugar instável em que as identidades são colocadas em xeque, ou são expostas em toda a sua força de metamorfose – um lugar em que a identidade não se “expressa”, mas se “inventa”, se “joga” –, e sobretudo acredito que o poder e a radicalidade da literatura dependem de que ela não seja redutível a um discurso, seja sociológico, seja filosófico ou moral; de que ela não seja lida como mero veículo ou suporte de um discurso prévio, por mais bem-intencionado que ele seja. Isso obviamente não me impede de notar o quanto o sistema literário, apesar da ampliação expressiva da presença das mulheres, ainda se mantém em muitos aspectos predominantemente masculino. Publicar é fazer uma intervenção no espaço público, é tornar público, e o espaço público foi por muito tempo reservado aos homens e ainda é em grande parte masculino, embora isso esteja felizmente mudando. Então eu tenho em relação a essa questão uma posição um pouco ambivalente (e talvez propositalmente e necessariamente ambivalente): me interessa afastar certos rótulos rápidos e a postulação de posições identitárias rígidas ou de uma “essencialidade” feminina que se manifestaria nos textos escritos por mulheres, e ao mesmo tempo assumir uma atenção crítica em relação às questões de gênero no espaço literário, que inclui não somente os textos propriamente ditos, mas as instâncias de legitimação, as editoras, o jornalismo cultural, as escolas, a universidade, a historiografia e a crítica literárias, os festivais, as premiações.


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Travessia de abismos


CONVITE

O poeta Cleberton Santos e a Editora Via Litterarum convidam você para o lançamento-recital do livro “Travessia de abismos”.

Participação especial do músico feirense Tito Pereira.

Dia: 04 de setembro de 2015

Horário: 19:00

Local: Radiola Lanchonete Cultural

(próxima ao Mercantil na Av. Maria Quitéria – Feira de Santana)

(Entrada livre)


SOBRE O LIVRO “TRAVESSIA DE ABISMOS”



Livro: “Travessia de abismos” (poemas)

Autor: Cleberton Santos

Prefácio: María Pugliese (Argentina)

Posfácio: José Geraldo Neres (São Paulo)

Orelha: Ísis Moraes, Gabriel Gomes (Bahia)

Ilustração da capa: Nanja Brasileiro (Feira de Santana)

Fotografia: Emanuel Fonseca (Bahia)

Editora: Via Litterarum (Ibicaraí-Bahia)

Dedicado ao poeta Reynaldo Valinho Alvarez & Maria José de Sant’Anna Alvarez


O novo livro do poeta Cleberton Santos apresenta 60 poemas de tonalidade filosófica que refletem sobre a travessia da existência humana e sua profunda relação com a criação literária. O poder da linguagem humana em sua fonte mais profunda: o mistério da palavra poética. Com o projeto editorial da Editora Via Litterarum, o livro tem uma belíssima capa ilustrada pela artista plástica feirense Nanja Brasileiro, um posfácio em prosa poética do escritor paulista José Geraldo Neres e um prefácio da professora, escritora e tradutora argentina María Pugliese.

Cleberton Santos é poeta, crítico literário e professor do IFBA. Mestre em Literatura e Diversidade Cultural pela UEFS. Autor dos livros “Ópera urbana” (poesia, 2000), “Lucidez silenciosa” (poesia, 2005) “Cantares de roda” (poesia, 2011), “Aromas de Fêmea” (poesia, 2013), "Estante Viva” (crítica literária, 2013) e "Travessia de abismos" (poesia, 2015). Tem artigos e poemas publicados em várias antologias e jornais do Brasil e do exterior. Edita o blog http://clebertonsantos.blogspot.com.br


Radiola Lanchonete Cultural



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28 de jul. de 2015

Pessoa de estimação

Lilu
Tá vendo este carinha. Ele se chama Lilu. Dizem que ele é um poodle. Outros, não. Isso não importa. O que importa é que ele não gosta de me ver tanto tempo no ultra

Ele salta em cima de mim. Eu olho para ele. Ele me olha. "Tá na hora da brincadeira e do passeio por um terço do quarteirão". 

Ele não abre mão disso de jeito nenhum. O jeito é deixar o que estou fazendo, correr de um lado para outro em sua companhia.

Em seguida, vem a calmaria. Lilu se esparrama no chão e dorme aos meus pés. 
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