10 de mai. de 2023

Denízia Kawany Fulkaxó lança o terceiro livro de seu Contos Indígenas Kariri-Xocó

Denízia estreou na Literatura com seu primeiro livro de Contos Kariri-Xocó. Um livro que enriquece a causa indígena pela forma como se conta o cotidiano e o modo de a comunidade Kariri-Xocó entender a vida, desde a invasão até os dias de hoje.

De lá pra cá, ela continua nessa labuta: divulgar a cultura dos povos originários e sua luta, usando um dos meios mais agradáveis, pelo menos para mim, que é o uso da palavra.

Conheço Denízia e vê-la lançar mais um livro sobre o seu povo, conterrâneo meu, é uma satisfação grande. Também leva o nome de nossa cidade, Porto Real do Colégio, para outros espaços.

Denízia, além de escritora, é pedagoga, advogada e uma lutadora pela causa indígena. Há 10 anos compartilha o cotidiano indígena ao público infarto-juvenil. O lançamento do livro acontecerá nesta quarta-feira, 10 de maio no Shopping Jardins.

Segundo a Infonet: “Seu terceiro livro da coleção Kariri Xocó – Contos Indígenas serão apresentados para o público sergipano. O evento  acontecerá às 14 horas, em frente à Livraria Escariz e, além da presença da autora, contará com apresentação cultural de cantos indígenas feita por integrantes da comunidade Fulkaxó, do munícipio sergipano de Pacatuba”.

Ainda segundo esse mesmo portal o livro é uma coleção que “(...) traz aspectos da educação indígena e da educação escolar indígena e, de forma simples, seus contos e cantos retratam aspectos culturais que envolvem os povos Kariri Xocó, Fulni-ô e Fulkaxó. Com personagens criados pela autora, que representam as pessoas da comunidade, vão surgindo os relatos da vida desses povos. Questões como o acesso à tecnologia, o desenvolvimento da consciência e do ativismo político, o processo de cura e demais temas ligados à cultura vão se revelando, trazendo conhecimento e desmistificando conceitos arraigados na sociedade não indígena. As obras proporcionam uma leitura gostosa e sadia a crianças, adolescentes e também a jovens e adultos, encantando a todos com suas histórias”.


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29 de abr. de 2023

Resenha do Livro "Preconceito Linguistico: o que é, como se faz?"


O livro “O preconceito linguístico: o que é, como se faz” aborda, de modo geral, uma temática social que, inclusive, nomeia a obra. Apesar de um teor teórico e normativo a respeito do português brasileiro, o autor buscou criar um material acessível, com uma linguagem mais simples e entendível, visando leitores letrados e pouco letrados. Importante intelectual brasileiro, Marcos Bagno, tem inúmeras publicações sobre a língua falada no país, como “A língua de Eulália”, “Gramática de bolso do português brasileiro", entre outras. Além de professor e escritor, é também linguista e doutor em filologia. Em o “Preconceito linguístico: o que é, como se faz”, publicado em 1999, Bagno retoma questões sociolinguísticas de maneira mais imersiva em comparação a seu outro livro, “A língua de Eulália” de 1997. Essa obra publicada em 1999 está vinculada aos estudos linguísticos, mais específico sociolinguístico, sobre o português, trazendo uma visão crítica sobre a gramática, sobre os gramáticos e apresentando uma visão mais ampla sobre o uso da língua por seus falantes. 


O livro está dividido em quatro capítulos que, dividem-se em tópicos que se relacionam e se remetem ao tema que intitula o capítulo. Por exemplo, no capítulo um, os tópicos estão relacionados e se remetem ao tema do capítulo. Da mesma forma, todo o texto se remete ao tema geral do livro. No capítulo um, intitulado “A mitologia do preconceito linguístico”, o autor apresenta o conteúdo a ser visto e depois expõe oito mitos sobre o português falado no Brasil, onde enumera cada mito, do um ao oitavo, e os nomeia com frases corriqueiras ditas por estudiosos ou por alunos, a respeito da língua portuguesa, como por exemplo, “Brasileiro não sabe português/ “Só em Portugal se fala bem português”, “Português é muito difícil”, “O certo é falar assim porque se escreve assim”, entre outras. 


No discorrer dos mitos, Bagno vai discutir, por exemplo, acerca da visão estreita de intelectuais que pensam na existência de uma “unidade linguística” ou de uma “homogeneidade da língua”, não considerando as questões geográficas e sociais que evidenciam o “alto grau de diversidade e variabilidade” do português brasileiro. O autor também vai destacar que muito se compara o português de Portugal com o do Brasil e vai expor trechos de materiais publicados por intelectuais, onde há falas de forma preconceituosa sobre o uso do português brasileiro. Ele também apresenta dados estatísticos, faz distinções gramaticais entre o português europeu e o brasileiro e vai salientar sobre a falta de um olhar social e até geográfico da parte dos especialistas que não se atentam para as variações linguísticas que ocorrem de uma região para outra e também não se atentam para a situação que permite ou não que um indivíduo se torne mais letrado. De modo geral, no primeiro capítulo, Marcos Bagno vai comentar sobre questões importantes que podem influenciar na aprendizagem de um falante da língua e vai expor os mitos recorrentes na sociedade a respeito da língua portuguesa que evidenciam a existência do preconceito linguístico. 


No capítulo 2, a priori, o autor vai justamente apontar que os mitos transmitidos e perpetuados na sociedade são resultado de um mecanismo, o “círculo vicioso do preconceito linguístico” que é composto por três elementos: a gramática tradicional, os métodos tradicionais de ensino e os livros didáticos. O linguista ainda mostra como se forma essa tríade, apontando que começa com a gramática que vai parar num livro didático que vai ser utilizado no ensino. No capítulo três, Bagno fala sobre a desconstrução desse preconceito, a começar por exemplo pelo reconhecimento de que o problema existe e o que deve ser feito para combatê-lo, neste sentido, mudar de atitude e olhar com outros olhos para o ensino do português. No capítulo quatro, o autor disserta sobre o preconceito para com a linguística e para com os linguistas, destacando que mais se encara a linguagem a partir da gramática tradicional do que pela linguística moderna. Resumidamente, ele comenta sobre o estilo de ensino arcaico fundamentado numa metodologia ultrapassada e faz críticas construtivas aos falares sobre o português. Na introdução do livro, Bagno nos chama a atenção para a sua comparação, onde a gramática é um igapó e a língua um rio, ou seja, a gramática é uma poça de água parada às margens da língua, já esta é o rio em movimento. 


Na contracapa há um comentário publicado numa revista que salienta sobre a confusão que muito se faz entre língua e gramática e enaltece a separação muito bem feita pelo Marcos Bagno em seu livro. É uma obra excelente e muito informativa. Ela realmente diferencia e esclarece o que é gramática e o que é língua. Resumindo, faz o leitor enxergar a linguagem por outros ângulos, um fator que o diferencia de tudo que já vimos ou ouvimos um dia sobre a língua portuguesa, principalmente na escola. Não é uma obra excludente, mas sim inclusiva. Destaca o papel do linguista nos estudos acerca da linguagem e combate o preconceito. Recomendo a leitura. 


Por Ruan Vieira 

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12 de abr. de 2023

Posse de Franklin Ribeiro - Academia de Letras de Propriá

04.02.2023

O escritor Ron Perlim, como sempre, acompanhado de sua bela esposa e filho, esteve presente na posse de Franklin Ribeiro Magalhães na Academia Propriaense de Letras, Artes e Ciências para ser patrono de AméricoSeixas. Antes de se tornar membro dessa casa, Franklin é membro do CCP (Centro de Cultura de Propriá) e um dos organizadores da Flipriá (Festa Literária de Propriá).

Aqui, destaco trecho de sua fala:

(...)

inda outro dia, durante a realização da primeira Festa Literária de Propriá, a Flipriá, [1]construída pelo Centro de Cultura de Propriá, entidade da qual faço parte e cujos membros aqui se fazem presentes, tive a profunda tristeza ao me deparar com a realidade desse apagamento cultural e histórico, ao relatar para os presentes a invasão da catedral, no início dos anos 1980, quando a grilagem portou armas para tentar emudecer a luta dos indígenas pela reconquista da sua terra e constatar que quase ninguém sabia desse fato.

Esse sentimento e o incentivo de [2]um dos membros do CCP me motivaram a iniciar a escrita de um futuro livro, atividade a que me dedico atualmente, o qual espero finalizar ainda esse ano.

(...)

Também se fazia presente, Alberto Amorim, presidente do CCP. O escritor permaneceu no auditório da Câmara de Vereadores até o final da posse, parabenizou o acadêmico, cumprimentou outros e retirou-se, indo para o coffe break na pizzaria...

 Discurso completo do acadêmico Franklin Ribeiro Magalhães: 

https://drive.google.com/file/d/16zY3i16XtwTiCe7O5gXp9bdCWbO4-g3J/view?usp=sharing



[1] A Flipriá foi  idealizada pelo escritor Ron Perlim que é membro do Centro  de Cultura de Propriá, Sergipe.

[2] Franklin Ribeiro Magalhães se refere ao escritor Ron Perlim.

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23 de mar. de 2023

Solar de Camuciatá

O fazendeiro Cícero Dantas Martins, nascido em 1838, foi o fundado do casarão, onde viveu por muitos anos. Designado bar]ao de Jeremoabo em 1880 por ordem do imperador D. PedroII, Cícero se tornou um homem de grandes posses no final do século. Adquiriu dezessete fazendas só em Itapicuru. Mantinha outras doze em Bom Jesus, município que depois foi rebatizado justamente como Cícero Dias.

O poder político de Cícero sofreu um abalo a partir de 1874, com as andanças do beato Antônio Conselheiro (1830-1897). A pregação arregimentou lavradores por todo sertão, esvaziando propriedades da região. Em pé de guerra, os velhos “cononéis” pediram ao Exército o fim do arraial de Belo Monte. Cícero tinha verdadeiro ódio pelo Conselheiro, do que são prova algumas das cerca de 3 mil cartas deixadas pelo barão no Solar de Camuciatá. No auge do conflito, em agosto de 1897, o barão lembrou, em carta enviada a um compadre, ter sido um dos primeiros a advertir sobre a ameaça. Disse ter sido criticado injustamente quando pediu um reforço de cem praças do Exército para perseguir o beato.

(…)

A rivalidade entre o barão e o Conselheiro é citada pelo escritor Euclides da Cunha no clássico Os sertões apenas numa nota de rodapé. Mas ganhou contornos épicos em A guerra do fim do mundo, de Mário Vargas Llosa, romance inspirador na obra de Euclides. Llosa, que nos anos 1980 fes pesquisas no casarão Camuciatá acompanhado do historiador baiano José Calazans, transformou Cícero, rebatizado de “barão de Canabrava”, numa figura-chave no conflito, responsável por aglutinar “as forças da bahia” contra o Conselheiro.

VALENTE, Rubens. Operação Banqueiro: uma trama brasileira sobre poder, chantagem, crime e corrupção. A incrível história de como o banqueiro Daniel Dantas escapou da prisão com apoio do Supremo Tribunal Federal e virou o jogo, passando de acusado para acusador. São Paulo: Geração Editorial, 2014. p. 24-25.


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19 de mar. de 2023

Irmã da covardia


Era de madrugada no povoado Alecrim quando Felipe bateu desesperado na porta da casa de Ivan. A porta foi aberta, mas a cara e o coração estavam fechados. Isto era visível nas formas geométricas da face dele. Felipe nem importância deu porque para ele a única coisa que importava era a mulher que estava prestes a parir.

Ivan alegou que não poderia dar assistência porque os faróis do carro estavam com problemas e que havia pouca gasolina no tanque. Sem dar importância aos apelos de seu concidadão e eleitor, simplesmente disse que não podia atendê-lo; voltando-se para os seus aposentos resmungando: “Dei aquele infeliz o telhado da casa e no dia da eleição ele ainda veio me pedir dinheiro. Esse povo é assim: se a gente deixar, tira o nosso couro”.

Felipe, angustiado e vendo a mulher se contrair de tanta dor, foi às pressas a casa do cunhado e o chamou para lhe dar socorro. Ao chegarem, carregou a esposa até às margens do rio São Francisco, pondo-a em um barquinho, remando rio abaixo até a cidade de Penedo. No trajeto, quase desistia porque os seus braços já não mais aguentava de tanta dor e desespero, mas quando via o sofrimento dela; persistia. Ao chegar ao porto das lanchas de manhãzinha, os pescadores o ajudaram, chamaram a ambulância e levaram-nos para o hospital público.

Após alguns minutos de angústia, o médico que os atendeu se dirigiu para Felipe e disse: Lamento, seu filho estar morto; mas sua esposa estar fora de perigo e passa bem. Aquelas palavras foram ao mais profundo de seu miolo e por lá permaneceu feito boia fixa. As lágrimas desciam feito nascente.

Passando algum tempo, o cunhado percebeu que ele não estava bem e o chamou para espairecer, indo ao comércio. Lá, deu de cara com Ivan. O sangue subiu para a cabeça, sentindo-se enganado, traído, injustiçado. E o pior, sabia que seu caçula estava morto porque ele negara socorro a sua esposa. Sem pestanejar, pegou a peixeira que estava nos quartos e empurrou-a até o cabo no ventre dele. As vísceras caírem no asfalto. Quem por perto estava entrou em pânico, outros saíram correndo e Felipe simplesmente fugiu no barquinho rio afora e ninguém nunca mais o viu.

A mídia local entre as linhas o descrevia como um bandido perigoso que precisava ser caçado e capturado. Já Ivan foi elogiado como boa pessoa, que não fazia mal a ninguém, um bom colega de Câmara e um homem trabalhador.
 
Para a mulher de Felipe sobrou as tarjas pretas, muitas vezes negadas nas unidades de saúde; tendo que recorrer ao Ministério Público.
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1 de mar. de 2023

Revista A ordem e a semana de 22.

Jackson de Figueiredo
(…) Em 1922, em pleno coração da aventura modernista, um grupo de católicos renovadores chefiados no Rio pelo sergipano Jackson de Figueiredo funda o Centro Dom Vital, entidade que tem como eminência parda o arcebispo do Rio de Janeiro, d. Sebastião Leme Cintra, e que expressa suas teses nas páginas da rabugenta 1A ordem, revista mensal que se torna uma espécie de bíblia na nova igreja. O grupo se opõe a Oswald de Andrade, Mário de Andrade e sua trupe de modernistas, lançados por ele no balaio comum e insensato dos “esquerdistas disfarçados de vanguardistas”. E não esconde suas flagrantes simpatias pelo nascimento do fascismo (…).

(…) Jackson de Figueiredo Martins, rapaz agitado e furioso nascido em1891, em Aracaju, morreu precocemente aos 37 anos, em 1928, e foi o mais virulento e dramático pensador católico do país no início do século. Influenciado pelas ideias de Blaise Pascoal – filósofo cujas ideias digeriu do modo que bem entendeu, usando seus textos mais como tábuas de um mandamento que como estímulo a reflexão –, Jackson de Figueiredo se converte ao catolicismo em 1918. Logo começa a escrever compulsivamente. Seus artigos pregam, em essência, o primado da vida sobre a ortodoxia cristã.

O que a princípio pode parecer uma ideia estimulante, a primazia da vida em detrimento da rigidez espiritual, na mente de Jackson de Figueiredo se transforma numa construção ortodoxa ainda mais cruel. Jackson de Figueiredo pensa que a religião deve deixar de ser apenas um dogma a ser adotado e praticado nos rituais de fé, para se tornar antes de tudo “uma maneira de viver”. Deve ser introjetada como um conjunto de normas impiedosas que regem cada ato do indivíduo. Jackson de Figueiredo quer integrar natural e sobrenatural. Acredita no poder da razão para promover esse casamento, bastando para isso que o homem use raciocínios de ferro para dominar os instintos baixos da carne e a miséria da condição humana. Torna-se um homem severo, que preza a rigidez hierárquica, defende o respeito meticuloso à ordem e à tradição e chega a exercer o posto de “censor de imprensa” durante o governo Artur Bernardes.

CASTELLO, José. Vinícius de Moraes: o poeta da paixão.Uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. p.71;75.

1A Ordem, revista católica fundada pelo pensador sergipano Jackson de Figueiredo (nota de rodapé).

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25 de fev. de 2023

A função social do velho é lembrar e aconselhar

Ecléa Bosi

A função social do velho é lembrar e aconselhar – memini, moneo – unir o começo e o fim, ligando o que foi e o porvir. Mas a sociedade capitalista impede a lembrança, usa o braço servil do velho e recusa seus conselhos. Sociedade que, diria Espinosa, “não merece o nome de Cidade, mas o de servidão, solidão, barbárie”, a sociedade capitalista desarma o velho mobilizando mecanismos pelos quais oprime a velhice, destrói os apoios da memória e substitui a lembrança pela história oficial celebrativa.

(...)

Como se realiza a opressão da velhice? De múltiplas maneiras, algumas explicitamente brutais, outras tacitamente permitidas. Oprime-se o velho por intermédio de mecanismos institucionais visíveis (a burocracia da aposentadoria e dos asilos), por mecanismos psicológicos sutis e quase invisíveis (a tutelagem, a recusa do diálogo e da reciprocidade que forçam o velho a comportamentos repetitivos e monótonos, a tolerância de má-fé que, na realidade, é banimento e discriminação), por mecanismos técnicos (as prisões e a precariedade existencial daqueles que não podem adquiri-las), por mecanismos científicos (as “pesquisas” que demonstram a incapacidade e a incompetência sociais do velho).

Que é, pois, ser velho na sociedade capitalista? É sobreviver. Sem projeto, impedindo de lembrar e de ensinar, sofrendo as advertências de um corpo que se desagrega à medida que a memória vai-se tornando cada vez mais viva, a velhice, que não existe para si mas somente para o outro. E este outro é um opressor.

BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. pp. 18 e 19.

Entrevista:

Iniciado em 1994, antecipando-se à promulgação do estatuto do idoso, o Programa Universidade Aberta à Terceira Idade da USP oferece semestralmente milhares de vagas aos idosos em disciplinas regulares da graduação e também em atividades especiais. Após 23 anos e 46 edições, a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária presta homenagem à professora Ecléa Bosi, criadora e entusiasta da iniciativa, em nome de todos os alunos que foram beneficiados pela ação. A professora coordenou o programa até o final de 2016, quando transferiu a função para o Dr. Egídio Dorea, que já estava à frente também do programa Envelhecimento Ativo, do Hospital Universitário da USP.

Saiba mais em: http://prceu.usp.br/noticia/terceira-idade-na-usp/

 

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