O próprio nome do livro diz respeito a História e Geografia do município de Porto Real do Colégio, nas Alagoas. Nele, ainda há um apêndice intitulado É bom saber! O conteúdo histórico fala da origem da cidade, as primeiras expedições, a colonização, o aldeamento e outros fatos relevantes que aconteceram na época. Quanto aos aspectos geográficos, o leitor compreenderá a localização de Colégio no mapa de Alagoas e na microrregião de Penedo, seus limites, a população, sua formação étnica e outros dados relevantes. É claro que o autor não poderia esquecer da parte cultural, onde as lendas e mitos são citados, a produção artesanal e outras manifestações do povo. A seção É bom saber traz uma novidade: Colégio teve um representante no Senado Federal através do projeto O Jovem Senador.
11 de jun. de 2020
Porto Real do Colégio: História e Geografia
27 de mai. de 2020
Toré:Som Sagrado
Como nasceu o seu fotolivro, Toré:Som Sagrado?
O fotolivro Toré: Som Sagrado é um projeto que nasceu principalmente do desejo de conhecer mais sobre a cultura indígena dos Kariri-Xocó, da cidade de Porto Real do Colégio. Como colegiense, sempre ouvi muitas histórias sobre os índios, seus costumes e o ritual do Ouricuri. Todo esses elementos povoaram meu imaginário por longo tempo. Quando entrei no curso de Jornalismo, na Universidade Federal de Sergipe, e tive contato com alguns trabalhos da fotógrafa Cláudia Andujar, esse desejo voltou à tona. Encontrei no trabalho dela com os Yanomamis, elementos visuais que fugiam da imagem do índio exótico, que de certa forma me incomodavam na fotografia. Foi a partir daí que pensei em resgatar esse desejo de criança e produzir um trabalho fotojornalístico que acabou se tornando o meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
Além disso, outros fatores foram igualmente importantes para a produção do fotolivro. Questões como a exotização da imagem do índio, o processo de desvalorização que a cultura indígena vem enfrentando na atual conjuntura política e o histórico de resistência que a etnia enfrenta ao longo dos anos. Tudo isso só reforçou a necessidade de produzir esse fotolivro.
Do que fala o livro?
O fotolivro traz uma narrativa visual que busca focar nos elementos subjetivos que remetem ao Toré ritualístico, importante traço identitário dos Kariri-Xocó. Por ser uma prática exclusiva aos índios da etnia, as imagens trazem um clima de mistério e confusão, onde só se pode ver parcialmente o elemento fotografado. Essa abordagem tem o objetivo de mostrar ao não-índio que, por não fazer parte daquela cultura, não é possível ter uma compreensão total do que está sendo mostrado.
Toré: Som Sagrado é um livro que, através das fotografias, tenta mostrar os elementos que compõem a identidade indígena da tribo, além de ressaltar a importância da preservação e valorização das tradições indígenas da etnia.
Sobre o autor
Igor Matias é Graduando do curso de Jornalismo na Universidade Federal de Sergipe (UFS). Tomou gosto pela fotografia logo nas primeiras aulas de fotojornalismo. Desde então, tem fotografado as manifestações culturais do estado de Sergipe. Toré: Som Sagrado é o seu primeiro projeto fotográfico.
13 de mai. de 2020
Chico, meu Velho Chico
Como nasceu o livro Chico, meu Velho Chico?
Chico, meu Velho Chico nasceu de um antigo desejo de fazer um registro afetivo do modo como o querido Rio São Francisco marcou a minha vida e consequentemente a das populações ribeirinhas. Esse rio é uma das mais importantes lembranças da minha infância e da juventude também, quando a vida na minha cidade, P. R. do Colégio, acontecia em torno dele. Em razão da minha atividade acadêmica que muito absorvia meu tempo e de um outro tipo de escrita com a qual me envolvia, esse livro foi se fazendo aos poucos, ao longo dos últimos 10 anos, com uma escrita em prosa. Só recentemente, em 2017, quando sobre ele me debrucei com afinco, fui percebendo que podia dar ao texto um formato provocador do interesse, também, das crianças. Foi então que fiz meu primeiro exercício de escrita poética e nasceu assim, também, uma intenção pedagógica em relação ao livro. Passei a ter uma expectativa de que ele pudesse, nas mãos da escola, aproximar, de forma lúdica e menos burocrática, as crianças do Velho Chico; um rio que é tão importante, não somente para o Nordeste, mas, também para o Brasil. Esse rio passa em nossa porta.
Do que fala o livro?
É um livro de memórias que
fala do papel que teve o Rio São Francisco não somente na minha
vida, mas também na vida das populações que em torno dele viviam.
Ele ressalta a importância desse rio no seu tempo de glória, de
como ele impactava a vida das cidades que em suas margens se fizeram:
do movimento natural de cheias e vazantes, do papel da navegação
para a economia, ao promover o comércio e a comunicação entre as
cidades e com outros Estados da Federação. O livro chama a atenção,
também, para a atual situação de destruição em que o Velho Chico
se encontra.
3. Entrevistas
10 de mai. de 2020
Propriaenses, alegrias e tristesse
1. Como nasceu o livro Propriaenses, alegrias e tristesse?
Tristesse era uma melodia tema do casal Galego e Berila. É uma música dos anos 50, adaptação de um clássico de Chopin " tristesse" . Traduzida para o português: " Adeus" cantada por Petrônio Gomes e tocada no violão de Dilermando Reis. (No livro falo isso é mostro as partituras em violão e piano);
2. Do que fala o livro?
O livro é dividido em 3 partes: a) 10 crônicas b) enchente 1959 c) Julia
2.1 São 10 crônicas sobre episódios vividos pela menina que fui aí em Propriá, que se identificam com episódios de qualquer propriaense, suas alegrias, a influência da igreja, as festividades, a vizinhança e suas brincadeiras e dificuldades pois a década de 1950 ainda não havia as comodidades dos tempos atuais, todavia eram os muito felizes.
2.2. Quanto á enchente do ano de 1959, que eu presenciei, foi uma realidade trágica, mas eu trato como um romance embora termine com a morte dos personagens em vista do afundamento da canoa de tolda, e morte do Galego, e sua esposa Berila, sofre infarto ao ver sua loja comercial inundada pelas águas.
2.3 Em Julia, a sobrevivente, filha única do casal Galego e Berila, órfã dos pais, passa a morar com a avó e nesse momento ela demonstra sua força em superar sua orfandade mostrando como superar esse trauma
3. Esse é o resumo da minha obra.
Me deu um enorme prazer pesquisar e escrever este delicado livro. Eu me esmerei em redigir trechos interessantes, busquei influências de Edgard Allan Poe, em Oscar Wilde, e em Robert Louis Stevenson, autor de o médico e o monstro, pois eles têm escrita rebuscada, gostam de um suspense moderado. Enfim, me inspiram quando estou escrevendo.
Saiba mais sobre a autora:
30 de abr. de 2020
Zé Peixe, o menino do mar
23 de abr. de 2020
Em que o Comunismo ameaça o Capitalismo?
Noam chomsky |
8 de abr. de 2020
O espaço do texto
Jorge de Sá |
Assim, em “Manifesto”, Rubem Braga se dirige aos operários da
construção civil, afirmando:
“Nossos ofícios são bem diversos. Há homens que são escritorese fazem livros que são verdadeiras casas, e ficam. Mas o cronista de jornal é como o cigano que toda noite arma sua tenda e pela manhã a desmanche, e vai”.
Ora, o cronista de jornal também é um escritor, e também ele deseja escrever algo que fique para sempre. A crônica, é uma tenda de cigano enquanto consciência da nossa transitoriedade; no entanto é casa – e bem sólida até – quando reunida em livro, onde se percebe com maior nitidez a busca de coerência no traçado da vida, a fim de torná-la mais gratificante e, somente assim, mais perene.
SÁ, Jorge de. A Crônica. São Paulo: Ática, 2007. p.17.