2 de jun. de 2019
7 de mai. de 2019
Academia
Certa
vez G. R. explicou ao filho Tatá (Ricardo Ramos) o porquê da sua
ausência dos “quadros” da Academia Brasileira de Letras, alegando 3
motivos: 1º - Teria que mendigar votos; 2º - Não sou de beijar mão e 3º
- O fardão, sendo este, talvez, o pior dos motivos. O fardão me lembra
fantasia de guerreiro ou mateu; depois, ao vestir o fardão, eu me
sentiria um século mais velho” (então riu demoradamente).
KUMMER, Dídimo Otto. Pequeno Dicionário Graciliãnico: vol. 5, Catavento, Maceió, 2001.
1 de mai. de 2019
Escola Santa Terezinha adota livro do escritor Ron Perlim
Dia 30 de abril de 2019, o escritor Ron Perlim esteve na escola Santa Terezinha que, mais uma vez, adotou um de seus livros. O livro adotado foi Porto Real do Colégio: História e Geografia. Neste dia o autor deu uma palestra com os alunos daquela instituição mostrando-lhes a importância dos livros e das novas tecnologias para a vida. Em seguida, bateu papo com eles sobre diversos assuntos relacionados ao livro adotado e outros de sua autoria, como Laura, A menina das queimadas e O povo das águas. Muitas perguntas inteligentes foram feitas. Respondidas todas as indagações, o evento foi encerrado com uma sessão de autógrafo.
Livros do autor |
Palestra sobre a importância da leitura e dos livros. |
Arthur indaga o autor. |
Corpo docente |
Encerramento |
Encerramento |
30 de abr. de 2019
Machado de Assis ao leitor
Machado de Assis |
AO LEITOR
Que Stendhal confessasse haver escrito um de seus livros para cem leitores, coisa é que admira e consterna. O que não admira, nem provavelmente consternará é se este outro livro não tiver os cem leitores de Stendhal, nem cinqüenta, nem vinte e, quando muito, dez. Dez? Talvez cinco. Trata-se, na verdade, de uma obra difusa, na
qual eu, Brás Cubas, se adotei a forma livre de um Sterne, ou de um Xavier de Maistre, não sei se lhe meti algumas rabugens de pessimismo. Pode ser. Obra de finado. Escrevi-a com a pena da galhofa e a tinta da melancolia, e não é difícil antever o que poderá sair desse conúbio. Acresce que a gente grave achará no livro umas aparências de puro romance, ao passo que a gente frívola não achará nele o seu romance usual; ei-lo aí fica privado da estima dos graves e do amor dos frívolos, que são as duas colunas máximas da opinião.
Mas eu ainda espero angariar as simpatias da opinião, e o primeiro remédio é fugir a um prólogo explícito e longo. O melhor prólogo é o que contém menos coisas, ou o que as diz de um jeito obscuro e truncado. Conseguintemente, evito contar o processo extraordinário que empreguei na composição destas Memórias, trabalhadas cá no outro mundo. Seria curioso, mas nimiamente extenso, e aliás desnecessário ao entendimento da obra. A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus.
Brás Cubas.
6 de abr. de 2019
Cuide dos pais antes que seja tarde
14 de mar. de 2019
A pequena e a grande corrupção
Em um de seus livros, Plínio de Arruda Sampaio disse que [1]há dois tipos de corrupção, a grande e a pequena; mas que as duas são igualmente perniciosas e imorais, mas que não podem ser combatidas da mesma maneira.
A grande corrupção, mencionada por Plínio, é a que aparece no estardalhaço midiático envolvendo governos federal, municipal, estadual, distrital, políticos, servidores, particulares e heróis que não são de gibis, mas dos que somente enxergam a corrupção do outro.
Não é objeto deste artigo destaca-la, pois, a grande mídia se encarrega de fazê-la; utilizando-se da opressão publicitária, mexendo com os sentimentos alheios, fazendo muita gente acreditar em meias verdades. Foi assim com Lula, a prisão coercitiva e agora com a pirotecnia do powerpoint de Dallagnol.
Irei, no entanto, me ocupar da pequena corrupção, especificamente aquela que está entrelaçada ao contexto eleitoral, seja em campanhas ou em mandatos. Ela é ignorada pela grande mídia, pelo Judiciário e pelas instituições. Ignorada porque nada se faz de forma efetiva e eficaz para combatê-la.
Eu costumo chamar a pequena corrupção de comércio eleitoral. Ela é a espinha dorsal da grande corrupção, isto é, o que se pratica nos municípios do nosso país, de forma intensa ou não. Ele é caracterizado pela troca de voto por bens tangíveis (espécie de escambo), intangíveis (favores) e pela compra de voto (quando o eleitor prefere em espécie). Em minha escrita costumeiramente denomino esse conjunto de comércio eleitoral. Muitos justificam essa prática alegando que “o erro já vem de Brasília”, esquecendo-se que os que estão em Brasília não são eleitos por si.
É necessário que aqueles que queiram mudança procurem compreender o funcionamento do sistema, deixando de lado as ácidas críticas que para nada servem, e servem: para distanciar cada vez mais o cidadão de exercer os seus direitos políticos e dar espaço para coisas que acontecerem este ano, por exemplo, o dia 17 de abril.
Precisa o eleitor brasileiro fazer uma releitura da forma como o político é eleito. E essa releitura deve ser feita partindo do comércio eleitoral de base. Não é revoltando-se, esquivando-se que a coisa vai mudar. Não é discriminalizar a política, partidos, pessoas que as coisas serão resolvidas.
Precisa acabar com essa mania de enxergar a Política a partir das tribunas, das matérias de jornais, revistas, blogs e outros meios; fazendo dela inimiga da sociedade. É necessário conhecê-la na prática para que não se dê espaço para regimes ditatoriais e fascistas.
A mudança tem que vir da base e a base são os municípios, matrizes de todos os candidatos. E o que é que precisa ser mudado? As pessoas. Estas precisam mudar a forma de escolher. Enquanto essa mudança não acontece, as páginas impressas e online sempre trarão a prática da corrupção para as nossas vidas, expondo como muitos dos eleitos tratam-na com naturalidade e o povo com desdém.
É preciso espalhar uma maneira nova de pensar a política, não a partir do que nos oferece a grande mídia e os seus interesses escusos, mas a partir da realidade de cada município. Enquanto isso não acontece, é ilusão achar que “Todo poder emana do povo”.
Os especialistas em suicídio
Tenho lido com certo desconforto “especialistas” que aparecem nas redes criticando de forma agressiva e desumana pessoas que cometeram suicídio ou estão depressivas.
Pessoas que se comportam dessa forma são insensíveis, tolas, prepotentes. Não desenvolveram a empatia, nem fizeram leituras aprofundadas dessa melancólica condição humana.
Ninguém é suicida de um dia para o outro. Tudo tem uma origem, um meio e um fim. As causas que levam uma pessoa ao suicídio são complexas, envolvem muitos aspectos da história psicossocial dela.
Quando você ouvir ou ler coisas negativas tratando desse assunto, não seja um ventríloquo, nem dê importância para elas. O melhor caminho é compreender. E só se compreende estudando, perguntando a quem de fato se dedica ao tema.
Eu, que não sou especialista, nem me atrevo a ser nas redes; li a Inteligência Multifocal do Dr. Augusto Cury e ampliei o meu entendimento sobre o suicida. As pessoas que se acham, que se sentem uma fortaleza, que vociferam sobre isso; deveriam pousar suas línguas, seus pensamentos. Refletir sempre é bom para a alma e o corpo.
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