Muitos
dos nossos melhores escritores, desde o início do século XX, passaram a
empregar ter com esse sentido em
várias de obras. O exemplo mais conhecido, pela polêmica que causou, foi a
publicação, em 1930, do poema “No meio do caminho”, de Carlos Drummond de
Andrade (no livro Alguma poesia), em
que se repete diversas vezes as palavras “No meio do caminho tinha uma pedra” em diferentes ordens.
Foi o suficiente, na época, para os defensores do purismo linguístico babarem
de ódio e bombardearem o poeta com todo tipo de acusação grosseira. Em 1967,
para marcar os quarenta anos da escrita do poema, o próprio Drummond reuniu o
material publicado sobre ele no volume Uma
pedra no meio do caminho – biografia de um poema. O gramático Napoleão
Mendes de Almeida, por exemplo, se recusou, até morrer (em 1988), a dar o
título de poeta a Drummond por causa desse imperdoável “pecado”. Hoje, Carlos
Drummond de Andrade é reconhecido, internacionalmente, como um dos maiores
poetas do século XX, enquanto Napoleão é apenas lembrado, de modo quase
folclórico, como nosso mais extremado purista...
18 de jul. de 2016
Uma pedra no meio do caminho
6 de jul. de 2016
Poesia: crianças, conceitos, tendências e práticas
Trata-se do fato de que a grande maioria dos livros
de poesia premiados, tanto na FNLIJ quanto no Jabuti, apresentam, para além de
suas qualidades literárias, ilustrações bem elaboradas e um acabamento
sofisticado. Tal constatação tem um lado muito positivo, que é a consolidação
de uma produção editorial cuidadosa. Mas há também um lado negativo, ou pelo
menos preocupante: ao praticamente exigirem dos livros o acabamento impecável,
as premiações sugerem a possibilidade de que muita poesia de qualidade esteja
sendo desconsiderada. Afinal, os júris que premiam, as comissões que selecionam
obras para programas governamentais, mas também professores, bibliotecários,
pais, crianças, enfim qualquer um que se (dis)ponha a escolher um livro de
poesia corre o risco de deixar de lado uma obra poética de qualidade, caso a
produção editorial do livro não acompanhe essa mesma qualidade. Trata-se de
mais um desafio a ser enfrentado pela literatura, e principalmente a poesia,
infantil.
CUNHA, Leo et al. Poesia: crianças, conceitos, tendências e práticas. Curitiba: Piá,
2012. p. 79.
29 de jun. de 2016
A simplicidade de um texto
Marcos Bagno
A simplicidade de um texto é fruto, sempre —por mais paradoxal que isso possa parecer —, de um árduo trabalho de escrita, reescrita e re-escrita, e de muitos
cortes e supressões de penduricalhos e coisas supostamente sofisticadas.
Escrever é limpar o jardim, arrancar ervas daninhas, tirar pedregulhos do
caminho, podar os arbustos e as moitas — só assim as flores podem se destacar e mostrar a beleza simples de que são
feitas.
BAGNO, Marcos. Não é errado falar assim! Em defesa do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. p. 87.
18 de mai. de 2016
Procure motivar as palavras
À
medida que avançamos na aprendizagem da escrita, é nosso dever
procurar aperfeiçoá-la sempre, acrescentando aqui, cortando ali,
até chegar ao texto, se não perfeito, pelo menos satisfatório aos
nossos objetivos. Tudo começa com uma frase bem-feita, um parágrafo
bem estruturado, que depois de escrito precisa de uma boa revisão
para corrigir faltas ou excessos. Sem esse rigor, é impossível
escrever bem. E uma das provas dos noves da escrita é ver se tudo o
que escrevemos está bem amarrado (a coesão) e se as ideias se somam
e nunca se contradizem (a coerência).
Como saber que estamos no caminho certo? Para que seu texto seja bem
construído, saiba que nenhuma palavra pode surgir do nada. Tudo o
que escrevemos deve ser motivado por algo que foi enunciado antes.
Uma palavra motiva outra, ou outras. É daí que nasce o bom
encadeamento das frases e das ideias. Para isso, nossa atenção deve
ser constante e redobrada.
Uma
palavra usada de forma gratuita pode fazer ruir todo o nosso
trabalho. Quanto mais elos houver entre as palavras, mais o texto
ganha em coesão e coerência. Essas duas qualidades são irmãs
inseparáveis. Elas exigem uma vigilância sem tréguas. Por isso,
devemos saber por que colocamos aquela palavra e não outra em
determinada frase.
VIANA, Antonio Carlos. Guia de redação: escreva melhor. São Paulo: Scipione, 2011. p. 96.
21 de fev. de 2016
Leitura rápida e gostosa
Leia a opinião de Irineide Ferreira, professora, sobre o livro Viu o home?
"Lendo algumas matérias sobre a atual 'monarquia em Pernambuco', não foi difícil relacionar o fato às várias crônicas do escritor Ron Perlim, em seu livro "Viu o home?", o qual tive o prazer de conhecer a adquirir sua obra na Bienal do Livro em Maceió - AL.
Muito interessante, como em toda parte do nosso país os partidos políticos dividem-se em: PQC e PQNC...
Ah, quer saber que partidos são esses? Tem que ler o livro!!!
Leitura rápida, gostosa e fácil. Foi muito divertido ler sua obra Ron Perlim".
"Lendo algumas matérias sobre a atual 'monarquia em Pernambuco', não foi difícil relacionar o fato às várias crônicas do escritor Ron Perlim, em seu livro "Viu o home?", o qual tive o prazer de conhecer a adquirir sua obra na Bienal do Livro em Maceió - AL.
Muito interessante, como em toda parte do nosso país os partidos políticos dividem-se em: PQC e PQNC...
Ah, quer saber que partidos são esses? Tem que ler o livro!!!
Leitura rápida, gostosa e fácil. Foi muito divertido ler sua obra Ron Perlim".
A versão impressa está esgotada, mas você poderá comprar o e-book neste endereço: http://www.saraiva.com.br/viu-o-home-9209130.html.
14 de fev. de 2016
A de sessenta
Eram duas senhoras. Uma aparentava
sessenta; a outro, oitenta e cinco. Elas estavam a caminho do sanitário. Uma
tinha pressa, a outra caminhava devagar. Pelos trajes, eram de posses.
Ao se aproximarem do sanitário, a
de sessenta olhou para a outra raivosa e lhe disse: “Vou jogar você no lixo,
certo!”, adiantando os passos. Nesse instante, uma bela jovem passava. Ao ouvir aquilo, voltou-se para a de sessenta e retrucou, sorridente: “Mulher, não faça isso não!”.
A de sessenta respondeu: “Quer ela pra você?”.
A jovem, sem pestanejar,
replicou-lhe: “Quero!”.
Pega de surpresa, a de sessenta observava raivosa para a jovem.
3 de dez. de 2015
Livro Viu o home? na Câmara de Vereadores de P. R. do Colégio - AL
O vereador Joselito, ao ler o
livro Viu o home? percebeu a sua importância política e cultural. Por
isso, convidou o escritor Ronaldo Pereira de Lima (Ronperlim) para ir à Sessão
Extraordinária da Câmara de Vereadores de Porto Real do Colégio no dia
02.12.2015 para dialogar com seus pares sobre esse livro. Na ocasião,
o escritor Ronaldo expôs a sua trajetória literária e em seguida falou sobre o
livro e do que ele trata. Transcrevo trecho de sua fala na tribuna daquela casa
para que o leitor possa compreender:
"Ele trata com clareza da política prática dos
municípios em contextos que se completam nas mais variadas situações. O autor
define essa prática de comércio eleitoral de base, caracterizado pela troca de
voto por bens tangíveis (espécie de escambo), intangíveis (favores) e pela
compra de voto (quando o eleitor prefere em espécie)".
E concluiu seu discurso dizendo o seguinte: “O livro não aponta culpados, nem
inocentes. Apenas cúmplices de um sistema eivado de vícios. Um sistema que
precisa ser reorganizado, repensado desde a pré-escola até as universidades. Se
assim não for, sempre teremos por aí espécimes como cunhas, delcídios, arrudas,
azeredos, paulinhos sem força e tantos outros”.
Plenário da Câmara |
Ronaldo lê seu discurso |
Vereador Joselito fala da importância do livro Viu o home? |
Vereador Lobão reafirma as palavras do vereador Joselito |
Vereador Alan lê trecho do livro e faz uma explanação sobre o mesmo |
Vereador Ronaldo parabenizar o escritor |
Vereador Antônio Santos fala da importância política e cultural do livro |
Joselito, o autor e Alan |
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