16 de nov. de 2015

Carta para Marili

 Este texto de Graciliano não poderia ficar fora do marcador Jovem Autor, deste blog. Por isso, eu reproduzo aqui:


Carta de Graciliano Ramos para a irmã Marili: duro e valioso conselho a quem escrever.
Written by fluxoeditora


Rio, 23 de novembro de 1949.

Marili: mando-lhe alguns números do jornal que publicou o seu conto. Retardei a publicação: andei muito ocupado estive alguns dias de cama, a cabeça rebentada, sem poder ler. Quando me levantei, pedi a Ricardo que datilografasse a Mariana e dei-a ao Álvaro Lins. Não quis metê-la numa revista: essas revistinhas vagabundas inutilizam um principiante. Mariana saiu num suplemento que a recomenda. Veja a companhia. Há uns cretinos, mas há sujeitos importantes. Adiante. Aqui em casa gostaram muito do conto, foram excessivos. Não vou tão longe. Achei-o apresentável, mas, em vez de elogiá-lo, acho melhor exibir os defeitos dele. Julgo que você entrou num mau caminho. Expôs uma criatura simples, que lava roupa e faz renda, com as complicações interiores de menina habituada aos romances e ao colégio. As caboclas da nossa terra são meio selvagens, quase inteiramente selvagens. Como pode você adivinhar o que se passa na alma delas? Você não bate bilros nem lava roupas. Só conseguimos deitar no papel os nossos sentimentos, a nossa vida. Arte é sangue, é carne. Além disso não há nada. As nossas personagens são pedaços de nós mesmos, só podemos expor o que somos. E você não é Mariana, não é da classe dela. Fique na sua classe, apresente-se como é, nua, sem ocultar nada. Arte é isso. A técnica é necessária, é claro. Mas se lhe faltar técnica, seja ao menos sincera. Diga o que é, mostre o que é. Você tem experiência e está na idade de começar. A literatura é uma horrível profissão, em que só podemos principiar tarde; indispensável muita observação. Precocidade em literatura é impossível: isto não é música, não temos gênios de dez anos. Você teve um colégio, trabalhou, observou, deve ter se amolado em excesso. Por que não se fixa aí, não tenta um livro sério, onde ponha as suas ilusões e os seus desenganos? Em Mariana você mostrou umas coisinhas suas. Mas – repito – você não é Mariana. E – com o perdão da palavra – essas mijadas curtas não adiantam. Revele-se toda. A sua personagem deve ser você mesma. Adeus, querida Marili. Muitos abraços para você.
Graciliano.
Você com certeza acha difícil ler isso. Estou escrevendo sentado num banco, no fundo da livraria, muita gente em redor me chateando.


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9 de nov. de 2015

Flise 2015: tive por lá

Fui a Flise (Festa Literária de Sergipe) expor meus títulos no estande da Secult/Biblioteca Pública Epifânio Dória.
Estande Secult/Biblioteca Epifânio Dória

Estande da Secult/SE


Leitores e autor com o livro Laura

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5 de nov. de 2015

E-book do livro Viu o home?


O livro Viu o home? ganhou uma versão digital no formato epub, o famoso e-book. O livro custa R$ 9,99 e pode ser comprado neste endereço da Livraria Saraiva: http://www.saraiva.com.br/viu-o-home-9209130.html.

Acesse o link, leia a sinopse e conheça de perto a clareza com que o autor aborda um dos temas mais complexos do nosso país, que é a política.
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18 de out. de 2015

Viu o home? na 3ª Bienal do Livro de Itabaiana

O escritor Ronaldo Pereira de Lima esteve na 3ª edição da Bienal do Livro de Itabaiana no dia 17 de outubro de 2015 para lançar seu título recente Viu o home?.
O autor fala do livro Viu o home?
Ronaldo e a escritora Maria do Carmo X. Costa

Leitora expõe a 2ª ed. de A menina das queimadas.
Ronaldo e o editor Gustavo Felicíssimo da Editora Mondrongo.

O autor acompanhado de sua bela esposa
Escritora e contadora de histórias Telma Costa

Autografando


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22 de set. de 2015

Em breve nova tiragem do livro Viu o home?

Este livro, escrito por Ronaldo Pereira, ocupa-se da pequena corrupção, especificamente aquela que está entrelaçada ao contexto eleitoral, seja em campanhas ou em mandatos, tendo na expressão “viu o home?” a sua maior força.

Ele trata com clareza da política prática dos municípios em contextos que se completam nas mais variadas situações. O autor define essa prática de comércio eleitoral de base, caracterizado pela troca do voto por bens tangíveis (espécie de escambo), intangíveis (favores) e pela compra de voto (quando o eleitor prefere em espécie).

A proposta do livro não é somente expor as mazelas eleitorais dos municípios, mas através delas propor reflexões, fazer os leitores entenderem que é necessário mudar. Que a mudança tem que vir da base e a base são os municípios, matrizes de todos os candidatos. 

E o que é que precisa mudar? As pessoas. Estas precisam mudar a forma de escolher. Enquanto isso não acontece, não haverá mudanças significantes em nossa República.
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17 de set. de 2015

O escritor independente e o sucesso

Neste vídeo, Henry Bugalho fala da importância de se conhecer o mercado editorial, sua frustração em ver seus originais rejeitados por grandes editoras. Baseado em sua experiência, ele recomenda que a gente deve aprender mais e mais sobre o funcionamento das editoras e não desistir. 


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A crítica literária no Brasil hoje

O conferencista Paulo Franchetti expõe de forma sucinta a importância da crítica e dos críticos, o destino da Literatura e a pouco visibilidade que tão dando pra ela. Assista e confira.
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