No marcador Jovem Autor falo um pouco sobre Laura Bacellar e sua larga experiência com livros. Por isso, compartilho com vocês este vídeo com dicas interessantes sobre se tornar um bestseller. Confira!
15 de nov. de 2014
6 de nov. de 2014
O crime misterioso
A convite da direção da Escola Santa Terezinha,
em Porto Real do Colégio – AL no dia 31 de outubro de 2014 estive por lá para
um bate-papo com os alunos daquela instituição.
Antes de iniciar o bate-papo, discorri sobre a
importância do livro e da leitura e como ambos são importantes para a vida
pessoal e profissional. Após isso, tirei as mais variadas dúvidas sobre o livro
A menina das queimadas, o processo
de escrita e como se dá o relacionamento do autor com as editoras e outros
temas que surgiram.
A tarde naquela instituição foi agradável,
pois, fui recepcionado com carinho e curiosidade. E o mais importante de tudo é
que todos os alunos leram A menina dasqueimadas e cada um deles queria destacar a parte que mais gostaram do livro.
Quando estava me preparando para vir embora,
recebi de presente a cópia do livro O
crime misterioso, escrito pelos alunos João Paulo e Geovana.
O livro se inicia com o roubo da aposentada Ana
Paula. Movida pela curiosidade, Roberta se dirige para o local do crime.
Reconhece quem atacou Ana Paula e quando resolve falar, é alvejada, vindo a
óbito. A partir daí, inicia-se uma busca frenética para se descobrir quem matou
Roberta.
O livro é matéria
bruta. Precisa de lapidação.
A história, mesmo nessa fase, merece atenção.
Sua estrutura foi escrita para o teatro. Ela necessita de alguns ajustes no
enredo para chegar até o leitor.
De qualquer forma, foi um passo importantes para
esses jovens escritores.
Quero dizer a João Paulo e Geovana que fiquei
feliz por vocês terem se iniciado no mundo maravilho dos livros e que a escrita se desenvolve com a prática
diária.
5 de nov. de 2014
A cadeira de balanço de Sophós
Sophós estava na companhia de alguns conhecidos, mas seus pensamentos estavam dispersos. Cutucado por alguém, não deu importância. Levantou-se, cumprimentou a todos e se foi. Alguns fizeram mal, resmungando entre si.
Em casa, sentou-se na cadeira de balanço. Pensava:
"Não me adapto ao meio. O meio que é meu e que está fora de mim. Eu diferente, indiferente as faces que
me roubam. Roubam os instantes pequenos, deixando-me só. A luz dos meus olhos
percorrem sobre letras flutuantes e o vento alisa as folhas uma nas outras,
numa brilheza. A folha amarela cai dentro de mim, porque ali não é a sua última
fase.
Eu caminho suspenso e
nada encontro. Todas as formas possíveis, todas as falas e palavras estão
contidas e variadas nas cores de mim. Eu caminho, não numa estrada; mas por
dentro de mim e por todas as partes e tropeço em uma interrogação.
Eu não vejo nada dentro
de mim, a não ser eu. Unicamente eu, puro e original. O mundo de
fora que espere, na porta, em silêncio e nos desencontros. Não sou culpado, e a
culpa para mim é tolerar o absurdo.
Amanhã estarei outro
dia e serei cheio de sol. Estarei no sono e estarei com os olhos abertos para
mim".
E permaneceu bastante tempo ouvindo o cricrilar, o coaxar das suas reflexões, do seu jeito de ser naquele momento...
1 de nov. de 2014
3º Encontro Sergipano de Escritores
Estive no 3º Encontro Sergipano de Escritores, dia
25 de outubro de 2014 revendo amigos, conhecendo outros escritores e me
debruçando em novos livros.
Falar em livros novos, recebi um exemplar da SELETA
DO II ENCONTRO SERGIPANO DE ESCRITORES, da qual faço parte, com o título
Historinha. Essa seleta foi homenageia a irmã Dulce.
Após o lançamento dessa seleta, me dirigi ao
auditório da Associação Semear. Nele, fiquei atento a palestra do Prof. Dr.
Aderaldo Luciano. Ele é cordelista, tem larga experiência nessa área e nos
brindou com uma belíssima palestra.
Expôs, com bastante clareza, a importância do
Cordel produzido no Brasil, especificamente na região Nordestina. Não tratou
dele como uma subcategoria literária, mas como Literatura genuína e citou nomes
como o de Ariano e outros escritores renomados que liam, estudavam e se
inspiravam nos cordéis.
Encerrada a palestra, visitei os cordelistas
presentes no evento, deles comprei cordéis, troquei ideias e fui para casa na
certeza que aprendi naquela tarde a importância da interação e diversidade.
22 de out. de 2014
Beijando a flor
Em frente da minha casa há um jardim.
Nele, um beija-flor beija as flores todas às tardes.
Todos os sábados, em frente da minha casa, uma garota colhe flores.
Houve uma semana que ela, o beija-flor e as flores se encontraram.
O beija-flor percebeu que a garota tinha olhos lânguidos. Correu ao encontro dela e a beijou.
A garota riu, agradeceu.
Disse: você beija todos os dias a sua flor. Eu as colho para o meu amor — os olhos lacrimejaram.
E entendeu o beija-flor.
E assim, combinaram adornar o jardim.
12 de set. de 2014
Keinha e os bichos
Lilu |
Sabe, lá em casa a gente cria duas gatas e um cãozinho como se
fosse gente. As gatas se chamam Kika e Tina e o cãozinho, Lilu. Eles estão
sempre por perto. Na verdade, quem cuida deles é Keinha.
Ela os conhece muito bem. Tininha, por exemplo, é ranzinza e
ciumenta. Kika é carente e dengosa. Lilu adora pão com queijo, mas usa
corticoide. Está sempre com eles no colo, mas não esconde que Tina é seu xodó.
Keinha não se importa de ficar com a roupa cheia de pelos, nem a pele. Sempre
conversa com eles. São seus serumaninhos.
Teve um dia que ela estava com Tina no colo, apertando-a com
afeto. Lilu não gostou daquilo, aí, saltou no colo dela. Estava disposto para
disputar o quinhão de amor que lhe pertencia, enchendo-a de lambidas. Tina não
gostou dessa ideia. Ronronou para ele. Lilu rosnou. Para acabar com a arenga,
Keinha lhes disse:
— Parem com isso. Vocês são irmãozinhos. E irmãozinhos não brigam,
tentando reaproximá-los. Tina não quis nem saber. Saltou do braço do sofá e foi
direto para a cozinha, aproximou-se de Kika, enchendo-a de lambidas.
Lilu queria mais atenção. Para isso, entrou no quarto, pegou a meia no
tênis e saiu correndo pela casa, colocando-a debaixo da cadeira de balanço,
esperando por Keinha. Ela foi pegar a meia, mas foi driblada por
ele. Corria de um lado e de outro, até se cansar.
Cansado, ele largou a meia no
meio da casa, esparramando-se no chão, atento aos movimentos de Kika e Tina.
Ele se aproximou delas com seus latidos estridentes. Tininha, com seus olhos
amendoados e azuis, olha para ele friamente. Quando menos se espera, ouve-se:
caiiiin.... caiiin.... caiiiin....
Keinha saiu do computador. Queria saber o que aconteceu. Chegando
lá, viu o focinho de Lilu sangrando. Pegou-o no colo, acariciou ele, se
voltou para Tina dizendo:
— Menina, não pode fazer isso com seu
irmãozinho não!
Tina, desconfiada, olha para ela com seus olhos azuis, dá de
dorso, entra no quarto, se deita na cama, lambe-se e cochila.
26 de jul. de 2014
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