16 de set. de 2012

Escrever não é um dom

[1]“E para escrever um texto literário não precisa nascer com o dom (negrito meu) divino, porque o dono do texto já não é mais quem escreve, mas quem o lê. Ninguém nasce sabendo criar textos, músicas, por maior que seja a capacidade e potencial criativos. O futuro escritor para chegar a produzir textos literários, passa a ser aprendiz de escritor, como em todas as profissões (negrito meu)
Eu comecei a escrever desde cedo, por volta dos dezoitos anos, em cadernos escolares 15 por 21 e tinha preferência por canetas de bico fino porque elas propiciam uma escrita mais suave. Ao todo, eu tenho sete cadernos, duas agendas e uma caderneta espiral transbordando letras. Ainda mantenho o hábito de andar com papel e caneta para esse fim.

Eu tenho textos do início de meus escritos que não servem para concorrer ao mais singelo concurso literário. Querem saber por quê? Porque eles não foram inspiração divina, mas escrito por um pequeno escritor que percebia o mundo e não sabia expressá-lo de forma adequada. Faltava-me intimidade, amizade com as palavras. E esses substantivos só foram acrescidos a minha vida literária quando eu passei a me dedicar à leitura da gramática, de bons autores de literatura, jornais, revistas, sites e blogs de assuntos diversificados. Com o passar dos anos a minha escrita atual se distanciou da nascitura de tal forma que já me rendeu resultados positivos em concursos literários e elogios de alguns editores.

Ao ler isso, alguém pode se perguntar qual a relação do meu hábito de escrita com a palavra dom. A resposta é simples: escrever é uma coisa do espírito humano que se aprende com a prática da leitura e da escrita diária. Se assim não fosse, bastaria uma inspiração divina e tudo seria perfeito, pois, a própria doutrina cristã afirma que Deus não dar com imperfeição ou pela metade.

Por que todo mundo não escreve? Porque falta o domínio da palavra. Porque falta a intimidade com a palavra. E para se tornar escritor é necessário compreender a importância da palavra na vida íntima e social de cada um.

Portanto, não existe dom com o sentido de dádiva, presente divino passando a falsa ideia de que escritores são seres iluminados, escolhidos a dedo por Deus para comunicar. A escrita literária é árdua, pois, trata-se de uma arte escrita e reescrita até chegar a “perfeição”, como nos ensina Graciliano Ramos: “Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou no riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer”.

Diante disso, prefiro as lavadeiras a me enganar que irei receber o manar das palavras.


[1] Ortencio, Bariani. Você gostaria de escrever um livro? Cartilha do pré-escritor. Brasília: Tresaurus, 2009. Pp. 32-33.




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12 de set. de 2012

Sobre os mais fortes



A lagartixa branca corre, corre. Corre na parede branca a lagartixa atrás da borboleta. A borboleta voa, voa e pousa perto da lagartixa.
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4 de set. de 2012

Noite de lançamento do livro Laura


O site Identidade Alagoana escreveu o artigo Lançamento do livro Laura muito bem escrito por Diego Vasconcelos. Clik no link e conheça mais detalhes da noite de lançamento desse livro infanto-juvenil que caiu no gosto do colegiense e de leitores de outros estados.


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24 de ago. de 2012

Algumas palavras

Lendo
O primeiro capítulo apresenta Laura, uma amável e simples senhora que contempla as coisas a sua volta, interagindo com elas. Gosta de contemplar o jardim, os bichinhos que nele há, os animais e adora Fernando; seu sobrinho. Cuida-se, pensa e aceita a sua condição de idosa. Quando passeia pela praça, recebe carinho e afeição de vizinhos e conhecidos;

A partir do segundo capítulo até o nono, Laura se revela uma exímia contadora de histórias. Por meio de flash-back, incorpora-se a criança, a adolescente e mulher da época. Em suas histórias, os contos folclóricos são contextualizados no ambiente social e familiar. Narra, com clareza, os contos sobre lobisomem, caipora, mula-sem-cabeça e outras muito bem entrelaçadas, prendendo a atenção de Fernando; despertando nele a curiosidade, o gosto pela leitura.

No capítulo dez o livro se encerra com a morte de Laura e recomeça com a sua aparição angelical para Fernando, expondo que os contos folclóricos não desaparecem, apenas são reinterpretados por diferentes pessoas e épocas.

A obra sugere que, o hábito da leitura deve se iniciar cedo com a motivação dos familiares para que as nossas crianças não tenham nos eletrônicos a única forma de entretenimento; sem falar que o hábito da leitura contribui para o crescimento pessoal e profissional.
“A literatura nos abre mundos. Lendo é possível estabelecer uma profunda relação de intimidade entre o leitor, o escritor e os seus personagens. Ao abrir um livro, uma nova história começa sob a perspectiva de quem o lê. A leitura literária possibilita o exercício da liberdade, abre espaço para a fantasia e o poder de criar. É capaz de abrir um diálogo entre o vivido e o sonhado, de acolher as inquietudes e incluir as diferenças (...)”.
Maria Carolina Trevisan




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15 de ago. de 2012

Sobre a amizade

Se um amigo (a) brigar com você por causa de preferência política, na verdade ele (a) nunca foi seu amigo (a).
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1 de ago. de 2012

Identidade Alagoana


O site Identidade Alagoana publicou a crônica O poder que ele de minha autoria. Ele surgiu em janeiro de 2007 e tem como objetivo divulgar bens culturais do Estado de Alagoas na literatura, celebrações, lugares, músicas e outros. Para os seus idealizadores o que importa é a comunicação social.

O site é composto de quatro integrantes: Diego Marcel, estudante de Engenharia Ambiental pela Unifal (Faculdade Figueiredo Costa). É o coordenador artística do site.; Idson Pita é formado em Turismo pelo CEFET/AL ( atual IFAL). É o coordenado Comercial; João Paulo Torres, estudante de Webdesigner, pela Faculdade de Alagoas - FAL Estácio é responsável pelo layout e Nereu Ventura, servidor público da Eletrobrás, cursou Administração de Empresas por três anos na Ufal.

A missão da Identidade Alagoana é esta: “Apoiar e promover ações que facilitem o acesso ao conhecimento da cultura alagoana como um todo”.
Acesse este espaço interessante e conheça Alagoas de outra maneira.
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26 de jul. de 2012

1º Encontro de Escritores Alagoanos

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A ideia do primeiro encontro de escritores alagoanos vinha sendo discutida há algum tempo, mas as dificuldades impediam a sua realização; até que Sérgio Morais, Secretário de Cultura do município de Pilar, junto aos Poderes Legislativo, Executivo e Academia Pilarense de Letras deu suporte para que o encontro acontecesse.

O portal Escritores Alagoanos, mantido por Cida Lima e Tiago, divulgou e inscreveram os escritores que pretendiam participar. Se reuniram no auditório do Poder Legislativo o cordelista Jorge Carvalho, Ronperlim, Cida Lima, Emanuel Galvão, Cleide Vanderley, Edson Carvalho (representado pela esposa), José Inaldo, Sérgio Morais, Luciano Barbosa e quatro representantes de academias: dois da Academia Pilarense de Letras: Ivo Vicentena e José Benjamim; Edson Marques Brandão representando a Academia Palmeirense de Letras e a Tenda Livraria e  Ernande Bezerra da Academia Miguelense de Letras e Artes.

Em um bate papo descontríado, eles discutiram
  • Mercado editorial;
  • Prestadoras de serviços (gráficas);
  • As dificuldades dos jovens escritores ingressarem no mercado;
  • Autopublicação e picaretagem de algumas prestadoras de serviços e outros temas.
Das experiências e frustrações partilhadas, eles decidiram se encontrar outras vezes para que as ideias, propostas amadureçam para que os autores ou aspirantes a autor que integram o portal Escritores Alagoanos possam se fortalecer e criar uma instituição coesa que os representem, não somente em Alagoas, mas em todo Brasil.
É um projeto nascituro que tem tudo para dar certo.Isso vai depender de cada um.
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