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das águas (amostra grátis) e conheça o mundo fantástico dos mitos e
lendas do São Francisco. Saiba como eles se mobilizaram em defesa do Velho Chico. Você adentrará numa história nunca contada!
30 de nov. de 2017
27 de nov. de 2017
O lugar da ética nos escritores
O significado primeiro da palavra étca (ethos)é caráter. Caráter, quem vem do latim, era o nome dado ao ferro de marcar e era, por extensão, marca, figura ou signo que se imprime ou esculpe em uma coisa, e também sinal, estilo, forma particular de qualquer sistema de escritura. Ensinar, por sua vez, vem deinsignare, que significa deixar o signo, deixar a marca em alguém. Ética e educação trabalham no sentido de deixar uma marca, delinear um modo de comportamento. Diante disso, a arte procura capturar algo do que é, essa região na qual o comportamento e o caráter, assim como o justo, o adequado e o correto, se recolhem em prol da intensidade. Qual é, então, o lugar da ética nos escritores? E nos escritores de livros para crianças? Qual é, em todo caso, a relação entre ética e literatura? Falta ética, quando essa palavra vazia é impressa, editada, gera vendas e direitos de autor, engana ou tenta enganar leitores incautos ou crianças. Hipocrisia então... desdobramento de valores que mais se declaram quando menos estão em nós e em nossa sociedade. Ante a escrita, abismam-se as boas intenções, o bem-pensante, cambaleiam nossas concepções do que deve ser.
ANDRUETTO, María Teresa.Por uma literatura sem adjetivos.São Paulo: Editora Pulo do Gato, 2012.p. 127.
23 de nov. de 2017
Centro Cultural de Propriá - Sergipe
Na noite de ontem, Ron Perlim se torna membro do Centro Cultural de Propriá/SE, numa sessão
extraordinário. Na ocasião, ele falou sobre o livro O povo das águas que em breve será relançado naquela cidade.
18 de nov. de 2017
9 de out. de 2017
Eles eram muito cavalos
Luiz Ruffato |
No
seu primeiro romance “Eles Eram Muito Cavalos”, você de alguma forma tentou
trazer para o público, uma São Paulo que muitos não querem ver ou sua intenção
quando escrevia a obra era outra?
São Paulo é o sexto maior aglomerado urbano do planeta, com
cerca de 20 milhões de habitantes. Uma metrópole onde a segunda maior frota de
helicópteros particulares do mundo sobrevoa ônibus, trens e metrôs que desovam
trabalhadores em estações superlotadas; traficantes ricos instalados em suas
mansões leem nos jornais notícias sobre traficantes pobres perseguidos pela
polícia corrupta e violenta; políticos roubam a nível municipal, estadual e
federal; as vitrines dos restaurantes chiques refletem os esfomeados, os
esfarrapados; rios apodrecem em esgoto, lama, veneno; favelas enlaçam prédios
futuristas; universidades de excelência
alimentam a próxima elite política e econômica, enquanto na periferia, escolas
com professores mal remunerados, mal formados e mal protegidos geram os novos
assalariados; a mais avançada tecnologia médica da América Latina assiste,
impassível, à fila dos condenados à morte: homens vítimas da violência,
mulheres vítimas de complicações do parto, homens e mulheres vítimas da tuberculose,
crianças vítimas da diarreia; muros escondem a vida miúda que escorre lá fora.
Como transpor o caos dessa cidade para as páginas de um livro? Penso que o
ficcionista deveria ser assim uma espécie de físico que ausculta a Natureza
para tentar compreender o mecanismo de funcionamento do Universo.
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