16 de jan. de 2021

Aquela professora

Morria de dor de ouvido. Pálida, inquieta, não teve alguém que soubesse de alguma erva medicinal ou algum fitoterápico. Sem aguentar as dores, correu para os braços do vereador Abreu. Este, quando a viu, fez cara feia. Mesmo assim teve o prazer em ouvi-la dizer:

— Abreu, você pode me levar até a unidade de saúde. Tô apulso!

Ele, raivoso, olhou para a cara dela. O não chegou até a ponta da língua, recolhendo-se assim que pensou na quantidade de votos da família de Sandra.  A possibilidade de ela ficar lhe devendo favor era muito grande e um motivo para passar na cara, caso precisasse.

Abreu foi ao quarto, vestiu uma camisa, balbuciou alguma coisa para a mulher, que não estava de cara boa, e trouxe a professora para a cidade. Ao chegar, deixou-a para ser atendida e saiu insatisfeito. Poderia estar com a sua caçula nesse momento, pensou. Na rua, encontrou com uma conhecida e lhe disse:

— Você acredita que eu tive que sair de casa para trazer a professora Sandra para a unidade de saúde? Dei quinhentos reais aquela infeliz no período eleitoral e ela ainda vem me perturbar uma horas dessas. 

A conhecida, estarrecida, perguntou:

— Você deu quanto mesmo pra ela?

— Quinhentos reais. Uma pessoa que nem precisa. Agora me responda: tenho alguma obrigação com ela?

Ao que a conhecida respondeu de imediato:

— Claro que não! Quem já se viu uma coisa dessas?

— Sabe quanto foi a minha eleição? Noventa e seis mil reais. Um ou outro é que votou por amizade. Mas a maioria vendeu o voto. Até meus amigos de cachaça me pediram dinheiro pra votar em mim. É mole uma coisa dessas?

— Por isso, meu amigo, que eu não vendo o meu voto. Só assim, posso falar o que eu quero quando vocês fazem alguma coisa de errado, que prejudique o povo.

Abreu fingiu não ouvir o último travessão. Continuou a falar, a criticar os eleitores.

 


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1 de jan. de 2021

Papo Cultural com Eleniwton Farias

O Papo Cultural, mantido por Eleniwton Farias, proprianse, Graduando de Teatro-Licenciatura, UFS (Universidade Federal de Sergipe) em uma live no dia 26 de dezembro de 2020 recebeu o escritor Ron Perlim.

Confiram a íntegra desse bate-papo interessante sobre vários aspectos da Literatura Nordestina, alagoana e sergipana.


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30 de dez. de 2020

O autor fala de Sua Obra: Alberto Amorim

Alberto Amorim

José Alberto Amorim, nascido em Propriá-SE, graduado em História pela Universidade Estadual Vale do Acaraú -UVA, Polo Propriá (2009), Pós-Graduado em História da África e das Culturas Afro-brasileiras pela Faculdade Atlântico, Aracaju -SE (2012), Membro fundador do CCP-Centro de Cultura de Propriá e Presidente. Assumiu cargos de confiança no poder público na Prefeitura Municipal de Propriá: Secretário Municipal de Administração (2007-2010), Secretário Municipal de Cultura e Meio Ambiente (2011-2012), Secretário Municipal de Educação, Cultura, Juventude e Esporte (2020). Pesquisador da Ditadura Militar de 1964. É Idealizador, âncora e produtor do programa FM 104 Cultural.

1.    Como nasceu o livro “Um batim nas memórias de um menino propriaense”?

Sou propriaense, beradeiro naturalmente. Ao observar que, nessa minha cidade quase nada foi escrito sobre ela, lembrei-me de fatos vividos na infância /adolescência e resolvi rascunhar algumas das experiências passadas. Daí surgiu a ideia do livro. Muita ousadia!

2.    De que trata ou fala seu livro?

Um Batim nas memórias de um menino propriaense nos leva ao um mergulho no tempo da experiência de um garoto vivenciadas às margens da Princesinha do São Francisco. Em seu bojo, trago as brincadeiras, a religiosidade, cultura, sociedade e curiosidades, com objetivo de não apagar da memória histórica e, ao mesmo tempo, deixar registradas outras coisas boas da minha infância à beira do Opará.

3.    Saiba mais!

3.1   O livro Um batim nas memórias de um menino propriaense, publicado pela Editora Performace, Arapiraca, Alagoas. Seu lançamento está previsto para a primeira quinzena de 2021 que será no Coreto, ao lado do Estadual a partir das 19 horas. Terá a participação de de voz e violão de Saulo e Banzo.

3.2    Capa do Livro

3.3 Links

3.3.1  @blogue_do_ronperlim

3.3.2 Entrevista para a TV OOPS Canal 10 

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24 de dez. de 2020

O Autor Fala de Sua Obra: Cleberto Santos

 


O Blogue do Ron Perlim entrevista o escritor proprianse, Cleberton Santos. Vamos conhecer um pouco sobre ele:

Cleberton Santos (14/05/1979, Propriá/SE) é poeta e professor do IFBA. Mestre em Literatura e Diversidade Cultural pela UEFS. Publicou os livros “Ópera urbana” (poesia, 2000), “Lucidez silenciosa” (poesia, 2005) “Cantares de roda” (poesia, 2011), “Aromas de fêmea” (poesia, 2013), "Estante Viva” (crítica literária, 2013) e "Travessia de abismos" (poesia, 2015). Vencedor do Prêmio Escritor Universitário Alceu Amoroso Lima da Academia Brasileira de Letras (2002). Tem poemas publicados em várias antologias, revistas e jornais. Apresentou o quadro “Aperitivo Poético” na Rádio Globo FM de Feira de Santana.  

1.  1. Como nasceu o livro “Travessia de abismos”?

Foi escrito e reescrito entre 2014 e 2015. Eu estava liricamente impactado pela leitura da forte poesia do português Gastão Cruz. Estava revisitando outros poetas prediletos e vivendo algumas inquietações-reflexões sobre minha relação com a vida literária e com a própria poesia, essa força invisível tão real. Estava com a ideia de escrever meu quinto e último livro de poemas. Uma travessia mesmo.

2. Do que fala esse livro?

O livro fala (se é que poesia fala algo?!) dessa travessia da minha escrita poética. Minhas incertezas e tentativas de criar poesia num mundo tão prosaico e também já tão cheio de palavras e poetas. Busquei criar um conjunto de poemas que representassem a Voz de um único poema longo que medita sobre o lugar e a função da criação poética. Poesia.

3. Saiba Mais

3.1 Para saber mais sobre o autor, seus livros e suas atividades literárias, acesse este blogue: http://clebertonsantos.blogspot.com.br.

3.2 Travessia de Abismos




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19 de dez. de 2020

O Autor Fala de Sua Obra: Adail Vilela

Adail Vilela: Poeta
Hoje o Blogue do Ron perlim recebe com satisfação a entrevista de  Adail Vilela pelo  Whatsapp. Vamos conhecer um pouco sobre ele e seu primeiro livro?

1. Como nasceu seu livro Poemas de Pinho a Polo? 

Sou alagoano de Palmeira dos Índios, mas resido em Aracaju desde 1982. Meu primeiro livro nasceu em 1993 e foi lançado 18 anos depois. A inspiração para POEMAS DE PINHO A POLO foi minha mãe que passava por um grande problema de saúde,  me motivando ao lançamento,  como uma forma de comemorar a superação do momento difícil,  de uma forma criativa e significativa.

2. Do que ele trata ou fala.

O livro,  dado o grande intervalo temporal desde a obra anterior,  foi praticamente uma antologia,  refletindo a produção poética de minha fase mais prolífica.  São 128 páginas,  contendo poemas tanto de estética moderna,  com versos livres,  quanto clássica,  como sonetos.  O lançamento,  dado seu objetivo,  foi bem emocionante,  com grande presença de público.  Fiz várias declamações,  entre as quais  a do poema  O BAILE DAS PRINCESAS, em que, associando as princesas da Disney Ariel,  Bela, Branca e Cinderela,  homenageei minha filha mais nova e três sobrinhas, todas presentes no evento.

3. Saiba Mais

3.1 Poemas

O baile das princesas

O que digo
3.2 Redes Sociais
3.2.1: Facebook

https://www.facebook.com/adail.vileladealmeida

3.2.2: Instagram



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