7 de set. de 2019

As opiniões do jornais são as suas opiniões?


As opiniões dele são as opiniões dos jornais (grifo meu). Como, porém, essas opiniões variam, padre Silvestre, impossibilitado de admitir coisas contraditórias, lê apenas as folhas da oposição. Acredita nelas. Mas experimenta às vezes dúvidas. Elas juram que os homens do governo são malandros, e ele conhece alguns respeitáveis. Isso prejudica as convicções que a letra impressa lhe dá. Necessitando acomodar as suas observações com as afirmações alheias, acha que os políticos, individualmente, são criaturas como as outras, mas em conjunto são uns malfeitores.


RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, 2008. p.150.
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4 de set. de 2019

Pai

1Por Cleberton Santos
Feira de Santana, 04 de setembro de 2018.

Meu pai,
Vamos lavar as pedras,
Sim, vamos lavar as pedras,
Para retirar as impurezas da alma,
As impurezas da pedra,
As impurezas do nosso corpo,
As impurezas da morte,
Vamos meu pai,
Lavaremos as pedras que ainda sobram em nossos caminhos,
Lavaremos as pedras banhadas de sol,
Lavaremos as pedras com todas as nossas lágrimas.

Meu pai, 
Vamos lavar as pedras da solidão,
E descansaremos em paz nas terras do perdão. 

1 Cleberton Santos (14/05/1979, Propriá/SE). Poeta e professor do IFBA campus Santo Amaro. Mestre em Literatura e Diversidade Cultural pela UEFS. Publicou os livros “Ópera urbana” (2000), “Lucidez silenciosa” ( 2005) “Cantares de roda” (2011), “Aromas de fêmea” (2013), "Estante Viva” (2013 ) e "Travessia de abismos" (2015). Vencedor do Prêmio Escritor Universitário Alceu Amoroso Lima da Academia Brasileira de Letras (2002). Apresenta o podcast “Aperitivo Poético” na Rádio Globo. Edita o blog http://clebertonsantos.blogspot.com.br

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29 de ago. de 2019

Finalmente deixaste o debruço

Da janela, você olha a relva brilhar na praça. Sem se cansar, observa as flores do pé-de-matafome tremularem. Mas se surpreende quando um beija-flor vai em cada flor do hibisco. Elas, avermelhadas e sorridentes, recebem com alegria aqueles beijos. Beijos que serão levados para outras bandas. E para completar, a claridade da luz ilumina tudo, até o jardineiro lá na ponta da praça. Ainda na janela, pés vêm, mãos vão e você continua inerte. Saber o que se passa contigo é impossível. Já dizia Coélet: "(...) há tempo para todo propósito debaixo do céu". Parece que entendeste o que ele quis dizer. Finalmente deixaste o debruço.

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17 de ago. de 2019

O Choro Do Velho Chico, o pai do sertão

Por CLENO VIEIRA
O Velho Chico Agora Chora
Pois Sua Felicidade Foi Embora
E Ninguém Sabe Quando Ela Voltará. 

Da Serra Da Canastra 
A Foz Do São Francisco
Esse Rio Sai Pedindo
Consolo E Oração.

Fique Você Sabendo
Que Nós Somos Os Culpados
Desse Choro Calado
Do Velho Chico Arrasado.

Fico Até Imaginando
O Que Será Do Sertão
Sem Esse Grande Irmão
Que Deu Sua Vida Ao Sertão.

Hoje Ele Chega Lá No Ceará
Mas É Lá Na Foz
Que Eu Vejo Água Faltar.

E Agora Esse Choro 
Está Acabando 
Porque Nós Abandonamos
O Velho Chico Pai Do Sertão.

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4 de ago. de 2019

Tristesse

Noite de lançamento do livro Propriaenses: Alegrias e Tristesse de Ana Lucia Campos. O evento aconteceu no dia 02 de julho de 2019 na Pça. Fausto Cardoso na cidade de Propria/SE em torno do Coreto.

Estiveram presentes a Academia Propriaense de Letras, os membros do Centro de Cultura de Propria, o presidente da Câmara, o secretário de educação daquela cidade e tantos outros.
 
A palavra Tristesse (Tristeza) me chamou a atenção quando pus os olhos no título e despertou a minha curiosidade e fui a procura para saber qual o significado dela e para minha surpresa, me deparei com estas informações que se encontram na Wikipédia:  


Estudo Opus 10, nº. 3 em mi maior, apelidada de "Tristesse" ("Tristeza"), é um estudo para piano solo, composto por Frédéric Chopin em 1832. Foi primeiramente publicado em 1833 na França,[1] Alemanha[2] e Inglaterra[3] como a terceira peça de seus Estudos Opus 10. A respeito deste vagaroso estudo cantabile de caráter polifônico e legato, o próprio Chopin acreditava ser o de mais bela melodia que já havia criado. A peça se tornou famosa por entre inúmeros arranjos populares. Tanto "Tristesse" quanto "Farewell" (Adeus) são nomes dados à obra por Chopin.




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