18 de nov. de 2017
9 de out. de 2017
Eles eram muito cavalos
Luiz Ruffato |
No
seu primeiro romance “Eles Eram Muito Cavalos”, você de alguma forma tentou
trazer para o público, uma São Paulo que muitos não querem ver ou sua intenção
quando escrevia a obra era outra?
São Paulo é o sexto maior aglomerado urbano do planeta, com
cerca de 20 milhões de habitantes. Uma metrópole onde a segunda maior frota de
helicópteros particulares do mundo sobrevoa ônibus, trens e metrôs que desovam
trabalhadores em estações superlotadas; traficantes ricos instalados em suas
mansões leem nos jornais notícias sobre traficantes pobres perseguidos pela
polícia corrupta e violenta; políticos roubam a nível municipal, estadual e
federal; as vitrines dos restaurantes chiques refletem os esfomeados, os
esfarrapados; rios apodrecem em esgoto, lama, veneno; favelas enlaçam prédios
futuristas; universidades de excelência
alimentam a próxima elite política e econômica, enquanto na periferia, escolas
com professores mal remunerados, mal formados e mal protegidos geram os novos
assalariados; a mais avançada tecnologia médica da América Latina assiste,
impassível, à fila dos condenados à morte: homens vítimas da violência,
mulheres vítimas de complicações do parto, homens e mulheres vítimas da tuberculose,
crianças vítimas da diarreia; muros escondem a vida miúda que escorre lá fora.
Como transpor o caos dessa cidade para as páginas de um livro? Penso que o
ficcionista deveria ser assim uma espécie de físico que ausculta a Natureza
para tentar compreender o mecanismo de funcionamento do Universo.
1 de out. de 2017
O povo das águas na 8ª Bienal do Livro de Alagoas
Dia 30 de setembro de 2017 relancei o livro O povo das águas no estande da Secult/Biblioteca Graciliano Ramos a partir das 8:00 horas. Após o lançamento, andando entre as livrarias, me encontrei com a escritora gaúcha Angélica Rizzi, trocamos ideias, experiências...
Angélica Rizzi e Ron Perlim |
26 de set. de 2017
Bate-papo com os alunos do Santa Bulhões
Escola Santa Bulhões |
A convite do corpo docente da Escola Estadual D. Santa Bulhões, estive naquela instituição falando sobre o livro e a leitura no dia 26 de setembro de 2017. Assim que pus os pés na escola, me encontrei com Múrcio Niemayer e conversamos sobre o livro O povo das águas e Foi só um olhar.
Passado o nosso diálogo, fui conduzido pela professora Detinha para o pátio, onde os alunos estavam a minha espera. Dei início ao bate-papo discorrendo sobre a importância da leitura em nossas vidas. Para isso, lhes contei como a minha prática de leitura facilitou a minha vida na faculdade. Expus como a leitura de ficção nos humaniza, nos tornam pessoas melhores e capazes de nos situar no mercado de trabalho. E não parei por aí: lhes disse que ela amplia a compreensão das coisas, já que o mundo é construído sobre o conhecimento.
Encerrei o bate-papo estimulando-os a terem afeição pelos livros, lhes contando esta história:
Quando tinha entre nove e dez anos, meu pai colocou uma ratoeira na cumeeira da casa. Sabedor disso, fiquei curioso. Queria ver o rato preso. Fiquei sem dormir por causa disso. Por volta da meia-noite, ouvi o estalo da ratoeira. Sai às pressas, subi numa bicicleta encostada a parede e tentei ver o pobre do rato preso. Nisso, perdi o equilíbrio, caí e quebrei o braço.
Furioso, meu pai me levou para Aracaju e foi resmungando até lá.
De braço engessado, sem poder brincar, fiquei em casa. A partir daí, comecei a ler o Novo Testamento, desses que os Gideões vivem doando. Depois veio O caso da borboleta Atíria que, inclusive, nunca me saiu da cabeça. E foi assim que eu nunca mais larguei os livros.
Passado o nosso diálogo, fui conduzido pela professora Detinha para o pátio, onde os alunos estavam a minha espera. Dei início ao bate-papo discorrendo sobre a importância da leitura em nossas vidas. Para isso, lhes contei como a minha prática de leitura facilitou a minha vida na faculdade. Expus como a leitura de ficção nos humaniza, nos tornam pessoas melhores e capazes de nos situar no mercado de trabalho. E não parei por aí: lhes disse que ela amplia a compreensão das coisas, já que o mundo é construído sobre o conhecimento.
Encerrei o bate-papo estimulando-os a terem afeição pelos livros, lhes contando esta história:
Quando tinha entre nove e dez anos, meu pai colocou uma ratoeira na cumeeira da casa. Sabedor disso, fiquei curioso. Queria ver o rato preso. Fiquei sem dormir por causa disso. Por volta da meia-noite, ouvi o estalo da ratoeira. Sai às pressas, subi numa bicicleta encostada a parede e tentei ver o pobre do rato preso. Nisso, perdi o equilíbrio, caí e quebrei o braço.
Furioso, meu pai me levou para Aracaju e foi resmungando até lá.
De braço engessado, sem poder brincar, fiquei em casa. A partir daí, comecei a ler o Novo Testamento, desses que os Gideões vivem doando. Depois veio O caso da borboleta Atíria que, inclusive, nunca me saiu da cabeça. E foi assim que eu nunca mais larguei os livros.
24 de set. de 2017
Lançamento do livro O povo das águas
No dia 23 de setembro de 2017, no Salão Paroquial em P. R. do Colégio, o escritor Ron Perlim lançou mais um título que se chama O povo das águas pela Editora Penalux. O livro trata do problema do assoreamento do Rio São Francisco e da revitalização sempre negligenciada pelas autoridades, como consta na sinopse:
Quando Cíbar mergulha nas águas do rio São Francisco, é
surpreendido por uma voz e toma um susto daqueles por estar diante da Mãe
d’água que lhe pedia para ser colocutor entre os humanos e o povo que vive no
rio. Assustado, ele não se dispôs a ajudar, indo às pressas para casa. Passou o
resto dia pensado nela e no que havia dito. Então, resolveu ir para a reunião
do conselho realizada na pedra do meio. Lá, ele ouve atentamente as alegações e
a desconfiança de alguns dos líderes de cada nação ali presente, concordando em
ser o porta-voz e seguir as orientações do conselho das águas. Enquanto
porta-voz, Cíbar tem dificuldades para conscientizar políticos da importância e
necessidade da revitalização do rio e da preservação ambiental para a
sobrevivência humana e de toda criatura que nele habita, deparando-se com a
incompreensão, mentiras, prepotência, má vontade e ameaças, dando origem a um
penoso embate que só cessa quando Iati intervém, retendo as águas do rio em
seus olhos. Neste livro, Ron Perlim nos convida para refletir nossas práticas
político-sociais. A leitura deste livro é prazerosa e de fácil compreensão. O
povo das águas mistura ficção com realidade com o propósito de tentar humanizar
os leitores, tornando-os mais sensíveis, conscientes e reflexivos quanto aos
problemas ambientais, políticos e sociais apresentados nesta história.
MAROLI
ROCHA
PEDAGOGA
Assinar:
Postagens
(
Atom
)