13 de jun. de 2017

Não sei o que fazer do que vivi

Clarice Lispector
"Estou procurando, estou procurando. Estou tentando entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda. Não confio no que me aconteceu. Aconteceu-me alguma coisa que eu, pelo fato de não saber como viver, vivi uma outra? A isso quereria chamar desorganização, e teria a segurança de me aventurar, porque saberia depois para onde voltar: para a organização anterior. A isso prefiro chamar desorganização pois não quero me confirmar no que vivi - na confirmação de mim eu perderia o mundo como eu o tinha, e sei que não tenho capacidade para outro". 

Lispctor, Clarice. Paixão Segundo G.H, Record.
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21 de mai. de 2017

Em que classe de autor você se enquadra?


Também se pode dizer que há três tipos de autores: em primeiro lugar, aqueles que escrevem sem pensar. Escrevem a partir da memória, de reminiscências, ou diretamente a partir de livros alheios. Essa classe é a mais numerosa. Em segundo lugar, há os que pensam enquanto escrevem. Eles pensam justamente para escrever. São bastante numerosos. Em terceiro lugar, há os que pensaram antes de se pôr a escrever. Escrevem apenas porque pensaram. São raros.
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SCHONPENHAUER, Artur. A Arte de Escrever. Porto Alegre: L&PM, 2009. p. 57
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13 de mai. de 2017

Projeto Arte da Palavra

Oscar Nakasato e Ron Perlim
Estive na Uneal (Universadidade Estadual de Alagoas), em Arapiraca. Participei do projeto Arte da Palavra – Rede Sesc de Leituras, Circuito de Autores com Oscar Nakasato (PR) e Manto Costa (RJ) para uma roda de conversas.

Oscar Nakasato trouxe o tema da imigração japonesa em seu livro Nihonjin, premiado pelo Jabuti de 2012.

Manto Costa em seu livro de contos Circo de Pulgas, vencedor do Edital da Biblioteca Nacional, trouxe a questão do negro na literatura e a sua invisibilidade.

No decorrer da palestra muitas indagações foram feitas, os temas se entrelaçaram por alguns instantes, predominando o papel do negro na sociedade, as várias formas de preconceitos os quais estão submetidos.
Manto Costa e Ron Perlim

A cultura japonesa, representada por Nakasato ficou de lado, não por preconceito; mas pela intensidade e a presença do debate que a questão afrodescendente suscitou.









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18 de abr. de 2017

Nunca deixer de ler

Gabriel Perissé e a cura da Literatura para tudo. Uma belíssima reflexão que você poderá assiste no vídeo que segue. Arrume um tempinho para ele. Aprender, como se diz, nunca é tarde.


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11 de abr. de 2017

Como é feito um livro

Mirna Pinsky, neste vídeo, faz a seguinte pergunta: onde começa um livro?  Para saber qual é a resposta que ela tem para nos dar, assista ao vídeo. Você terá uma clareza maior de como se produz um livro nos nossos tempos e como eles surgiram. A narração de Mirna não é qualquer uma, pois, as ilustrações nela inseridas enriquecem e dar vida a história desse amigo inseparável de muitos, mas que deveriam ser de todos.

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