16 de abr. de 2013

Escreva seu romance

Eu gosto de compreender as palavras a partir de suas origens. Por isso, nada melhor que conhecermos a etimologia da palavra romance.
Há quem diga que esse termo pode ter se originado de romans, forma derivada da latina romanicus. No entanto, há outra corrente que defende que ela veio de romanço. Romanço era a língua falada pelos romanos nas regiões ocupadas por estes para diferenciar do latine loqui.
Nos dias atuais, a palavra romance possui um significado amplo e diverso, pois, tem estrutura própria e assim é definido por Aurélio:
“s.m. Literatura Narrativa em prosa, mais ou menos longa, na qual se relatam fatos imaginários (embora estruturados com verossimilhança), às vezes inspirados em histórias reais, cujo centro de interesse pode estar no relato de aventuras, no estudo de costumes ou tipos psicológicos, na crítica social etc.: ler um romance”.
Para escrevê-lo, é necessário conhecer as técnicas que o envolve e toda a sua estrutura. Nesse sentido, citarei os três pilares de [1]Inoue:
  • A Montagem da histporia que se constitui de apresentação do protagonista e dos principais coadjuvantes; estabelecimento da premissa da história, daquilo a que ela dis respeito e das circustâncias dramáticas que contornam a ação; ambientação e fortalecimento do personagem principal e apresentação do ponto mais importante da trama.
  • A Montagem do conflito é a exposição e desenvolvimento do ponto mais importante da trama; apresentação do segundo ponto mais importante; apresentação e exposição dos obstáculoos e confrontações para a resolução da trama; exposição e desenvolvimento do segundo ponto mais importante da trama; apresentação do terceiro ponto mais importante; apresentação do início das soluções encontradas pelo personagem principal e exposição e desenvolvimento do terceiro ponto mais importante da trama
  • E a Solução do conflito. Esta, por sua vez, é composta pelo desenvolvimento das soluções encontradas pelos personagem principal; premiação do bem; punição do Mal e risada final.
Como se pode observar nos pilares citados, a escrita de um romance segue todo um esquema para que sua existência seja possível.
Há vasto material na Internet tratando desse assunto. Deixarei alguns links, como estes: 7 dicas para escrever um romance; 5 passos para escrever um romance; Elementos de ficcao; Como escrever um romance em dois meses e um vídeo aula bacana da escritora Janaina Rico. Aprecie as dicas e quando estiver pronto, escreva seu romance.
Como escrever um romance
[1] INOUE, Ryoki. Vencendo o desafio de escrever um romance. São Paulo: Summus, 2007.
Leia Mais ►

13 de abr. de 2013

Sobre a inspiração


Há quem fale de forma romântica sobre a inspiração. O que, de fato, é inspiração? Inspiração é a materialização de leituras anteriores.
Leia Mais ►

Sobre 2615-15



Eu não escrevo por hobby. Eu não escrevo para doar livros a parentes, amigos, conhecidos ou seja lá quem for no intuito de receber deles elogios. Eu escrevo para vender, ser lido, ser útil.
Escrever é uma atividade árdua. Requer tempo, concentração, conhecimento da língua, do mundo, dos livros e exige técnicas. Além da preparação do conteúdo material. 
Leia Mais ►

4 de abr. de 2013

A narrativa ficcional infantil e juvenil contemporânea


Mesa redonda
A convite da Diretora da Biblioteca Pública Infantil Epifânio Dória, profª. Sônia, participei como debatedor no dia 02 de abril na mesa redonda intitulada: Leitura e Aprendizagem: a narrativa ficcional infantil e juvenil contemporânea. Esse evento se deu por conta da programação especial alusiva ao mês do Livro Infantil em memória dos escritores Hans Christian Andersen, Monteiro Lobato e Epifânio Dória. O evento foi realizado na cidade de Aracaju – Sergipe.

A mesa, além de mim, foi composta pelo professor palestrante da Faculdade Pio Décimo M.Sc Manoel Messias Rodrigues do Curso Letras e pelo Profº. Dr. Ricardo Nascimento Abreu/BPED/Secult coordenando a mesa e a escritora Lilian Rocha.
Debatedor

O professor Messias se utilizou de uma linguagem clara e concisa para situar a história da literatura infantil, desde Hans Christian Andersen, Charles Perrault e outros até as obras contemporâneas, expondo as mudanças que houve relacionadas a contação de histórias para esse tipo de público. Destacou a importância da humanização que a literatura trás para a vida das pessoas, especificamente das crianças e sugeriu a importância de mediadores para o estímulo a leitura. 

A escritora Lilian Rocha, como debatedora, destacou que deveria existir uma maior quantidade de mediadores para que se proliferasse o hábito da leitura, deu ênfase às palavras do professor Messias quanto a humanização literária e partilhou experiências familiares relacionadas a leitura e a criatividade.
Encerramento do evento

Por último, opinei sobre os principais pontos mencionados anteriormente pelo professor Messias e a escritora Lilian Rocha. Sobre a humanização, destaquei a importância dos livros de ficção na vida das pessoas para que elas não se apeguem ao racionalismo, esquecendo-se de cultivar a inteligência emocional, sensível que nos transpõe para o outro, as suas angústias e temores. 

Quanto à leitura, opinei que o problema não é só de mediador, mas dos porquês. Destaquei que não adianta dizer para a criança, o adolescente, o jovem que “Ler é bom”, mas por que é bom? Para que serve a leitura de livros literários? 

O evento encerrou-se com as considerações finais relacionadas a duas indagações da plateia: uma sobre a participação da mídia no processo de leitura e outra a respeito da inspiração e uso das técnicas. 








Leia Mais ►

29 de mar. de 2013

Novela literária


Quando se fala em novela, vem-se na cabeça aquelas exibidas pelos canais de maior alcance de público no Brasil. Mas as novelas, exigidas em concursos literários, não se relacionam com aquelas.
Para compreendermos esse gênero, nada melhor que conhecer seu conceito. A palavra é italiana (novella) e significa “notícia” ou “relato novelesco”.  O Aulete assim define o termo: “Gênero literário que consiste numa narrativa breve, de extensão entre o conto e o romance, sobre um acontecimento em torno do qual gira o enredo”.
Há quem afirme que os primórdios dela estejam relacionados com o Renascimento, especificamente com Giovanni Boccaccio (1313-1375) e seu Decamerão. Esta obra rompe com a literatura medieval, nomeadamente pelo seu cariz realista. No entanto, entre os séculos XVIII e XIX os escritores reconhecem a novela como estilo literário, regido por normas e preceitos.
A novela, para muitos, é um gênero intermediário entre o conto e o romance na qual toda a ação acompanha a trajetória de um único personagem. Sua quantidade de páginas gira em torno de 50 e 100. Isso equivale de 20 a 40 mil palavras. Nela, as ações se concentram nas concatenações individualizadas. A novela baseia-se num conflito e tudo mais tende para a conclusão. Apresenta uma maior economia de recursos narrativos; um maior desenvolvimento de enredo e personagens.  Ao contrário do conto, a novela evita longas descrições e dá prioridade à narração, ao diálogo e ao resumo.
A novela se estrutura em torno da ação, do tempo e espaço. A ação ou ações ocorre (m) no presente e sempre que necessário, recorre ao pretérito. O tempo, é claro, é o do calendário, do relógio, dos costumes, das épocas. O espaço, no entanto, está entrelaçado ao tempo e a sua pluralidade é o que importa, tornando-a distintiva. O uso da linguagem deve ser simples e clara, levando em conta a falava das personagens onde se passa a história principal e o local dos acontecimentos.
Portanto, a novela conta com vários enredos que a princípio parecem independentes, mas que, ao longo da narrativa, se ligam e se complementam.


Leia Mais ►