25 de mai. de 2012

Revista Literária

O site, Revista Literária, contém conteúdos úteis para quem se inicia na vida literária, especificamente a seção Teoria Literária.

Nela, o jovem autor terá a oportunidade de iniciar seus primeiros conceitos conhecendo um resumo histórico do surgimento da Literatura, conhecer seus gêneros, figuras de linguagem, comunicação, contos e outros recursos que se vale o escritor para expor seus sentimentos, emoções por meio da escrita.

Além disso, ela oferece concurso literário, dicas para publicação de livros por demanda através do Grupo Editorial Scortecci, biografias de grandes nomes da literatura brasileira e estrangeira, downloads de vários livros em domínio público, um resumo histórico do Prêmio Nobel, curiosidades e muitos mais.

Aos que se interessam pela arte da escrita, essa é uma oportunidade de conhecer essa revista e compreender um pouco do mundo das letras.

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Rascunho II

Sentado na cadeira, mudo. A tristeza, riacho nos sulcos da face, descia sem rumo.
Ondas se agitavam,
Limitando-se aos grãos.

Quando verem a máscara da tristeza, notai a expressão do eu em meio à pressão,
Sem fonemas, palavras, mas com rugas, cores
E milhões de células que o espírito fala,
Cola na cara.
Cadernos, 23/11/97.

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12 de mai. de 2012

O pescado



Estávamos na lancha. Ao meu lado, Mário pescava. Eu topei em seu ombro direito. Então, ele abriu os olhos esbugalhados para mim. Perguntei-lhe:

 Quanto custa o quilo do peixe? Sem compreender, respondeu:

 Qual? A tilápia, o tambaqui, o piau...?

Norma, que diante de mim se encontrava, caiu; mas de gargalhada. Eu ri também junto com ela. Mário ficou meio constrangido, percebeu o gracejo e disse:

 Você e suas frases tiradas do baú!

Ainda rindo, retomei o diálogo, dizendo-lhe:

— Se fosse do baú, ela não estaria impregnada em nosso corpo. Mário, quando o cesto estiver cheio, você me diz quanto custa o pescado da sua pescaria.
E atravessávamos o rio na trepidez da lancha e das gargalhadas.



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1 de mai. de 2012

A estátua de carne

Eu me construo de mundos diferentes. 
E me encontro com breves explicações vagas, balbuciadas de várias bocas, contribuindo apenas para o caos. 
Eu – uma estátua de carne úmida – ouvia fonemas fracos como redemoinhos nos meus tímpanos.
Acontece que eu não queria sair. Eles insistiram até que roubaram a minha reflexão.


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22 de abr. de 2012

Com os covos na mão


Marulhava as águas sobre as pedras. Nelas, um hóspede inesperado ancorou o barco. Espreitou de um lado, do outro para ter certeza que estava a sós. Ele e os covos, ele e o marulhar das águas numa noite densa e fria.
As pupilas se dilataram, o coração pulsou com mais força, a pressa apareceu e na ânsia, via tudo a sua volta com desconfiança. Dentro da madruga só os olhos brilhavam atentos, espreitando e estreitando os intentos que emergiam dos circuitos elétricos vindos do cérebro.
Avistou de longe um tronco de uma árvore rio abaixo, assustou-se pensando que era uma canoa. O susto passou, mas ele ficou com a desconfiança no peito e os covos na mão.
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