27 de mai. de 2012

Sonho de Uma Flauta

Iorgama Porcely dos Santos Silva é natural de Junqueiro, Alagoas. É membro do site Escritores Alagoanos e nele publica contos, crônicas, poesias e outros. Mantem o blog O Sonho de Uma Flauta onde há textos que merecem uma ancorada por ser muitas vezes surpreendente pela forma como várias situações neles são abordadas.
Essa estudante de Ciência da Computação, assim se define:
Sou como uma borboleta porque agora que sai do meu casulo, gosto mais de mim mesmo, das minhas cores, do meu tamanho, das minhas asas, de explorar o mundo!
Visitem O Sonho de Uma Flauta e voe com essa bela borboleta e boa leitura.
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25 de mai. de 2012

Revista Literária

O site, Revista Literária, contém conteúdos úteis para quem se inicia na vida literária, especificamente a seção Teoria Literária.

Nela, o jovem autor terá a oportunidade de iniciar seus primeiros conceitos conhecendo um resumo histórico do surgimento da Literatura, conhecer seus gêneros, figuras de linguagem, comunicação, contos e outros recursos que se vale o escritor para expor seus sentimentos, emoções por meio da escrita.

Além disso, ela oferece concurso literário, dicas para publicação de livros por demanda através do Grupo Editorial Scortecci, biografias de grandes nomes da literatura brasileira e estrangeira, downloads de vários livros em domínio público, um resumo histórico do Prêmio Nobel, curiosidades e muitos mais.

Aos que se interessam pela arte da escrita, essa é uma oportunidade de conhecer essa revista e compreender um pouco do mundo das letras.

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Rascunho II

Sentado na cadeira, mudo. A tristeza, riacho nos sulcos da face, descia sem rumo.
Ondas se agitavam,
Limitando-se aos grãos.

Quando verem a máscara da tristeza, notai a expressão do eu em meio à pressão,
Sem fonemas, palavras, mas com rugas, cores
E milhões de células que o espírito fala,
Cola na cara.
Cadernos, 23/11/97.

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12 de mai. de 2012

O pescado



Estávamos na lancha. Ao meu lado, Mário pescava. Eu topei em seu ombro direito. Então, ele abriu os olhos esbugalhados para mim. Perguntei-lhe:

 Quanto custa o quilo do peixe? Sem compreender, respondeu:

 Qual? A tilápia, o tambaqui, o piau...?

Norma, que diante de mim se encontrava, caiu; mas de gargalhada. Eu ri também junto com ela. Mário ficou meio constrangido, percebeu o gracejo e disse:

 Você e suas frases tiradas do baú!

Ainda rindo, retomei o diálogo, dizendo-lhe:

— Se fosse do baú, ela não estaria impregnada em nosso corpo. Mário, quando o cesto estiver cheio, você me diz quanto custa o pescado da sua pescaria.
E atravessávamos o rio na trepidez da lancha e das gargalhadas.



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1 de mai. de 2012

A estátua de carne

Eu me construo de mundos diferentes. 
E me encontro com breves explicações vagas, balbuciadas de várias bocas, contribuindo apenas para o caos. 
Eu – uma estátua de carne úmida – ouvia fonemas fracos como redemoinhos nos meus tímpanos.
Acontece que eu não queria sair. Eles insistiram até que roubaram a minha reflexão.


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