25 de fev. de 2023

A função social do velho é lembrar e aconselhar

Ecléa Bosi

A função social do velho é lembrar e aconselhar – memini, moneo – unir o começo e o fim, ligando o que foi e o porvir. Mas a sociedade capitalista impede a lembrança, usa o braço servil do velho e recusa seus conselhos. Sociedade que, diria Espinosa, “não merece o nome de Cidade, mas o de servidão, solidão, barbárie”, a sociedade capitalista desarma o velho mobilizando mecanismos pelos quais oprime a velhice, destrói os apoios da memória e substitui a lembrança pela história oficial celebrativa.

(...)

Como se realiza a opressão da velhice? De múltiplas maneiras, algumas explicitamente brutais, outras tacitamente permitidas. Oprime-se o velho por intermédio de mecanismos institucionais visíveis (a burocracia da aposentadoria e dos asilos), por mecanismos psicológicos sutis e quase invisíveis (a tutelagem, a recusa do diálogo e da reciprocidade que forçam o velho a comportamentos repetitivos e monótonos, a tolerância de má-fé que, na realidade, é banimento e discriminação), por mecanismos técnicos (as prisões e a precariedade existencial daqueles que não podem adquiri-las), por mecanismos científicos (as “pesquisas” que demonstram a incapacidade e a incompetência sociais do velho).

Que é, pois, ser velho na sociedade capitalista? É sobreviver. Sem projeto, impedindo de lembrar e de ensinar, sofrendo as advertências de um corpo que se desagrega à medida que a memória vai-se tornando cada vez mais viva, a velhice, que não existe para si mas somente para o outro. E este outro é um opressor.

BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. pp. 18 e 19.

Entrevista:

Iniciado em 1994, antecipando-se à promulgação do estatuto do idoso, o Programa Universidade Aberta à Terceira Idade da USP oferece semestralmente milhares de vagas aos idosos em disciplinas regulares da graduação e também em atividades especiais. Após 23 anos e 46 edições, a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária presta homenagem à professora Ecléa Bosi, criadora e entusiasta da iniciativa, em nome de todos os alunos que foram beneficiados pela ação. A professora coordenou o programa até o final de 2016, quando transferiu a função para o Dr. Egídio Dorea, que já estava à frente também do programa Envelhecimento Ativo, do Hospital Universitário da USP.

Saiba mais em: http://prceu.usp.br/noticia/terceira-idade-na-usp/

 

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21 de fev. de 2023

Ruan Vieira - Libertos pela poesia

Ruan Vieira, poeta.

Hoje o Blogue do Ron Perlim tem a satisfação de publicar a entrevista com Ruan Vieira que recentemente lançou o livro Libertos Pela Poesia. Vamos saber mais sobre o autor:

Nascido em Aracaju/SE, no dia 09 de setembro de 2001; Ruan Vieira, nome artístico de Clenisson Ruan dos Santos Vieira, é um poeta, contista e cronista. Graduando no curso de Letras Vernáculas na Universidade Federal de Sergipe (UFS), passou quase toda a sua infância e adolescência escrevendo cartas de amor, composições e poemas, além de alguns contos e artigos de opinião. Em 2018, participou de dois eventos culturais em Propriá, cidade na qual reside com sua família. Com a poesia “Sonhar”, ficou em 3° lugar e levou um troféu para casa, em sua primeira participação em um concurso literário. No mesmo ano, participou de um evento comemorativo em homenagem aos 300 anos da Paróquia local, ganhando em 1° lugar o seu segundo concurso e levando para casa o prêmio, um cheque de mil reais. Ainda em 2018, teve a oportunidade de conhecer o também poeta Mário Feijó, natural de Florianópolis, o qual se tornou um amigo.

Aventurou-se na produção de contos após leituras de Machado de Assis, posteriormente criou micro histórias, tendo escrito uma sátira em 2019 sobre a sociedade brasileira. Foi membro da equipe de autores da Revista Literatura Errante e, em 2022, uma das vozes do Podcast “Literatura Já! ”. Possui alguns textos (na maioria, poemas) publicados no Instagram e em Revistas Digitais (como na LiteraLivre). Já participou de algumas Antologias Poéticas como “No fim tem Poesia” de 2021, publicada em formato digital pela Editora Taba Cultural; “Retrospectiva 2021”, "Poesia Fora do Eixo'' de 2022, “Poesia Instagramável” - 2022 e “Poetas do Ano” - 2022, publicadas pela Editora Toma Aí Um Poema, respectivamente; Antologia “Vozes Que Se Encontram” - 2022, publicada pela Editora Tenha Livros. Em meados de 2021, escreveu um conto de terror que compõe a antologia "Horror em Domicílio" publicada, em 2022, pela Literatura Errante. Ainda neste ano, realizou um sonho que alimentou por quase vinte anos e publicou seu primeiro livro de poemas pela Editora Toma Aí Um Poema. Em dezembro de 2022, foi notificado que seu poema inscrito para a Seleção Poesia Brasileira - “Poetize 2023”, foi classificado para compor a Antologia de mesmo nome (Poetize 2023) pela Vivara Editora Nacional. Em seus quase dezesseis anos de poesia, já produziu mais de mil textos. 

Perfil oficial do autor: https://www.instagram.com/libertospelapoesia/

Como nasceu o livro “Libertos pela Poesia”?

LIBERTOS PELA POESIA, além de ser o nome da página do autor no Instagram, também é o nome de seu projeto pessoal voltado para a divulgação de suas poesias. Para ele, a poesia, além de tocar nos sentimentos, também toca nos pensamentos. Ela liberta. O livro nasceu de um sonho pessoal em querer eternizar alguns de seus escritos.

Do que trata ou fala seu livro?

Nesta compilação poética, o autor reuniu algumas poesias que transmitem as impressões e sentimentos do eu-lírico sobre a vida, sobre o mundo, sobre a existência, sobre o amor, natureza e a morte. São poesias com um teor reflexivo, lírico e filosófico.

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O livro "Libertos pela Poesia" é o primeiro a ser publicado pelo poeta. Apesar de ainda não ter sido lançado em um evento presencial, algo que o autor pretende fazer em 2023, o livro já está à venda no site oficial da Editora: https://loja.tomaaiumpoema.com.br/libertos-pela-poesia-ruan-vieira

Ruan Vieira, mesmo tendo nascido na capital, considera-se também filho de Propriá, pois passou quase toda a sua vida na Princesinha do São Francisco. Em 2022, chegou a participar de uma Antologia (já mencionada) com um poema em homenagem à cidade.

Em janeiro de 2023, participou do XXXIV Encontro Cultural realizado na cidade de Propriá, no primeiro "Concurso de Poesia Falada Profa. Conceição Vieira" com a declamação do poema "Esse Céu do meu Sertão" e ficou entre os premiados, ganhando o prêmio de 1000R$ na 3° colocação. 

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18 de fev. de 2023

Harmônicos entre si

A prática da mercantilização do voto consome o eleitor brasileiro. Ela só contribui para que políticos ruins sejam procriados Brasil afora.

Por isso a minha pequena Colégio sofre com a mercantilização do voto. Por causa dessa prática, as tetas da viúva são para poucos bezerros. A dívida dela com a sociedade colegiense é enorme. Vai um, vem outro e pouco ou quase nada se faz. E quando se faz, o bem feitor se sente senhor das cercas. A única coisa que acontece desde a redemocratização é o acúmulo de processos por corrupção, compra de voto, abuso de poder econômico, enriquecimento pessoal, brigas vis e mesquinhas que não contribuem para o crescimento da Pequena, rica em água, em cultura, de solo fértil, de gente agradável.

O eleitor colegiense e os demais do Baixo São Francisco deve entender que o voto não é um bem que se deve trocar, vender. Que esse bem não é uma mercadoria exposta para o consumo; mas uma ferramenta que outorga poder aqueles que o representará.

E concluo: a “harmonia” entre os poderes deste país faliu há muito e a origem dessa falência estar na mercantilização do voto e num vai e vem de (in) decisões judiciais.
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15 de fev. de 2023

Ele se acha


Tem prefeito que se sente dono do dinheiro público e de tudo o que há no município .

Desviam recursos que se destinam para a folha paralela, as coalizações políticas, pagamento de financiadores e vaidade pessoal.

Quando questionado, esbraveja. Só porque mercadeja o voto no período eleitoral e pós, infla o peito de soberba e estultícia.

Acham que os cidadãos têm a obrigação de estarem submissos a seus caprichos. Praticam todo tipo de picuinhas e injustiças. É uma criatura paupérrima!

Falta remédio aqui, educação ali, merenda escolar acolá e por aí vai. Por falta de planejamento, boa vontade, esses infelizes direcionam a culpa para o Governo Federal.

Ele acha que as pessoas são tolas, que elas não acessam o Transparência e outros sítios que detalham os repasses da União para Estados e Municípios, sentindo-se no direito de humilhar quem deles precisam com informações descabidas, serviços ruins; tratando o público como particular.


Esse tipo de coisa tem acontecido graças a uma Justiça benevolente que não prioriza a pessoa do ser humano e as Câmaras omissas que preferem o úbere. Estas sentam numa mesa e se fartam de comida e bebida e aquela não aplica as leis como deveria.
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