A
violência é algo presente em nossas vidas o tempo todo. Por causa da imprensa,
costumamos visualizar somente a violência física. No entanto, há outros tipos
de violência que acontece na convivência das pessoas
que nem sempre é percebida. Exemplo desse tipo de violência sutil está nas crônicas Historinha e A de sessenta. Quando o leitor adentrar no livro e se envolver em cada história, terá a mesma percepção que eu tive.
21 de jul. de 2020
Foi Só um Olhar
11 de jun. de 2020
Porto Real do Colégio: História e Geografia
O próprio nome do livro diz respeito a História e Geografia do município de Porto Real do Colégio, nas Alagoas. Nele, ainda há um apêndice intitulado É bom saber! O conteúdo histórico fala da origem da cidade, as primeiras expedições, a colonização, o aldeamento e outros fatos relevantes que aconteceram na época. Quanto aos aspectos geográficos, o leitor compreenderá a localização de Colégio no mapa de Alagoas e na microrregião de Penedo, seus limites, a população, sua formação étnica e outros dados relevantes. É claro que o autor não poderia esquecer da parte cultural, onde as lendas e mitos são citados, a produção artesanal e outras manifestações do povo. A seção É bom saber traz uma novidade: Colégio teve um representante no Senado Federal através do projeto O Jovem Senador.
27 de mai. de 2020
Toré:Som Sagrado
Como nasceu o seu fotolivro, Toré:Som Sagrado?
O fotolivro Toré: Som Sagrado é um projeto que nasceu principalmente do desejo de conhecer mais sobre a cultura indígena dos Kariri-Xocó, da cidade de Porto Real do Colégio. Como colegiense, sempre ouvi muitas histórias sobre os índios, seus costumes e o ritual do Ouricuri. Todo esses elementos povoaram meu imaginário por longo tempo. Quando entrei no curso de Jornalismo, na Universidade Federal de Sergipe, e tive contato com alguns trabalhos da fotógrafa Cláudia Andujar, esse desejo voltou à tona. Encontrei no trabalho dela com os Yanomamis, elementos visuais que fugiam da imagem do índio exótico, que de certa forma me incomodavam na fotografia. Foi a partir daí que pensei em resgatar esse desejo de criança e produzir um trabalho fotojornalístico que acabou se tornando o meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
Além disso, outros fatores foram igualmente importantes para a produção do fotolivro. Questões como a exotização da imagem do índio, o processo de desvalorização que a cultura indígena vem enfrentando na atual conjuntura política e o histórico de resistência que a etnia enfrenta ao longo dos anos. Tudo isso só reforçou a necessidade de produzir esse fotolivro.
Do que fala o livro?
O fotolivro traz uma narrativa visual que busca focar nos elementos subjetivos que remetem ao Toré ritualístico, importante traço identitário dos Kariri-Xocó. Por ser uma prática exclusiva aos índios da etnia, as imagens trazem um clima de mistério e confusão, onde só se pode ver parcialmente o elemento fotografado. Essa abordagem tem o objetivo de mostrar ao não-índio que, por não fazer parte daquela cultura, não é possível ter uma compreensão total do que está sendo mostrado.
Toré: Som Sagrado é um livro que, através das fotografias, tenta mostrar os elementos que compõem a identidade indígena da tribo, além de ressaltar a importância da preservação e valorização das tradições indígenas da etnia.
Sobre o autor
Igor Matias é Graduando do curso de Jornalismo na Universidade Federal de Sergipe (UFS). Tomou gosto pela fotografia logo nas primeiras aulas de fotojornalismo. Desde então, tem fotografado as manifestações culturais do estado de Sergipe. Toré: Som Sagrado é o seu primeiro projeto fotográfico.
13 de mai. de 2020
Chico, meu Velho Chico
Como nasceu o livro Chico, meu Velho Chico?
Chico, meu Velho Chico nasceu de um antigo desejo de fazer um registro afetivo do modo como o querido Rio São Francisco marcou a minha vida e consequentemente a das populações ribeirinhas. Esse rio é uma das mais importantes lembranças da minha infância e da juventude também, quando a vida na minha cidade, P. R. do Colégio, acontecia em torno dele. Em razão da minha atividade acadêmica que muito absorvia meu tempo e de um outro tipo de escrita com a qual me envolvia, esse livro foi se fazendo aos poucos, ao longo dos últimos 10 anos, com uma escrita em prosa. Só recentemente, em 2017, quando sobre ele me debrucei com afinco, fui percebendo que podia dar ao texto um formato provocador do interesse, também, das crianças. Foi então que fiz meu primeiro exercício de escrita poética e nasceu assim, também, uma intenção pedagógica em relação ao livro. Passei a ter uma expectativa de que ele pudesse, nas mãos da escola, aproximar, de forma lúdica e menos burocrática, as crianças do Velho Chico; um rio que é tão importante, não somente para o Nordeste, mas, também para o Brasil. Esse rio passa em nossa porta.
Do que fala o livro?
É um livro de memórias que
fala do papel que teve o Rio São Francisco não somente na minha
vida, mas também na vida das populações que em torno dele viviam.
Ele ressalta a importância desse rio no seu tempo de glória, de
como ele impactava a vida das cidades que em suas margens se fizeram:
do movimento natural de cheias e vazantes, do papel da navegação
para a economia, ao promover o comércio e a comunicação entre as
cidades e com outros Estados da Federação. O livro chama a atenção,
também, para a atual situação de destruição em que o Velho Chico
se encontra.
3. Entrevistas