29 de jun. de 2016

A simplicidade de um texto

Marcos Bagno
    A simplicidade de um texto é fruto, sempre por mais paradoxal que isso possa parecer —, de um árduo trabalho de escrita, reescrita e re-escrita, e de muitos cortes e supressões de penduricalhos e coisas supostamente sofisticadas. Escrever é limpar o jardim, arrancar ervas daninhas, tirar pedregulhos do caminho, podar os arbustos e as moitas  só assim as flores podem se destacar e mostrar a beleza simples de que são feitas.

BAGNO, Marcos. Não é errado falar assim! Em defesa do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. p. 87.
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18 de mai. de 2016

Procure motivar as palavras

À medida que avançamos na aprendizagem da escrita, é nosso dever procurar aperfeiçoá-la sempre, acrescentando aqui, cortando ali, até chegar ao texto, se não perfeito, pelo menos satisfatório aos nossos objetivos. Tudo começa com uma frase bem-feita, um parágrafo bem estruturado, que depois de escrito precisa de uma boa revisão para corrigir faltas ou excessos. Sem esse rigor, é impossível escrever bem. E uma das provas dos noves da escrita é ver se tudo o que escrevemos está bem amarrado (a coesão) e se as ideias se somam e nunca se contradizem (a coerência).

Como saber que estamos no caminho certo? Para que seu texto seja bem construído, saiba que nenhuma palavra pode surgir do nada. Tudo o que escrevemos deve ser motivado por algo que foi enunciado antes. Uma palavra motiva outra, ou outras. É daí que nasce o bom encadeamento das frases e das ideias. Para isso, nossa atenção deve ser constante e redobrada.

Uma palavra usada de forma gratuita pode fazer ruir todo o nosso trabalho. Quanto mais elos houver entre as palavras, mais o texto ganha em coesão e coerência. Essas duas qualidades são irmãs inseparáveis. Elas exigem uma vigilância sem tréguas. Por isso, devemos saber por que colocamos aquela palavra e não outra em determinada frase.

VIANA, Antonio Carlos. Guia de redação: escreva melhor. São Paulo: Scipione, 2011. p. 96.
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21 de fev. de 2016

Leitura rápida e gostosa

Leia a opinião de Irineide Ferreira, professora, sobre o livro Viu o home?

"Lendo algumas matérias sobre a atual 'monarquia em Pernambuco', não foi difícil relacionar o fato às várias crônicas do escritor Ron Perlim, em seu livro "Viu o home?", o qual tive o prazer de conhecer a adquirir sua obra na Bienal do Livro em Maceió - AL.
Muito interessante, como em toda parte do nosso país os partidos políticos dividem-se em: PQC e PQNC...
Ah, quer saber que partidos são esses? Tem que ler o livro!!!
Leitura rápida, gostosa e fácil. Foi muito divertido ler sua obra Ron Perlim".


 
A versão impressa está esgotada, mas você poderá comprar o e-book neste endereço: http://www.saraiva.com.br/viu-o-home-9209130.html.
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14 de fev. de 2016

A de sessenta

Eram duas senhoras. Uma aparentava sessenta; a outro, oitenta e cinco. Elas estavam a caminho do sanitário. Uma tinha pressa, a outra caminhava devagar. Pelos trajes, eram de posses.

Ao se aproximarem do sanitário, a de sessenta olhou para a outra raivosa e lhe disse: “Vou jogar você no lixo, certo!”, adiantando os passos. Nesse instante, uma bela jovem passava. Ao ouvir aquilo, voltou-se para a de sessenta e retrucou, sorridente: “Mulher, não faça isso não!”. A de sessenta respondeu: “Quer ela pra você?”.

A jovem, sem pestanejar, replicou-lhe: “Quero!”.

Pega de surpresa, a de sessenta observava raivosa para a jovem.
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