20 de jun. de 2015

A arte de ler


 
Por Braulio Tavares

A primeira metade do trabalho do escritor é a leitura. Ninguém é escritor sem ler. É um vestíbulo que todo escritor tem de atravessar. Digo essa obviedade gigantesca porque toda hora estou conversando com pessoas que querem ser escritores mas dizem que “não tem tempo para ler”, ou então folheia nas livrarias coisas escritas por pessoas que, na melhor das hipóteses, leem livros de receitas, guias de viagem e colunas sociais.
Ler variadamente. Escrever literatura exige que se leia muita literatura, não somente no sentido de grande quantidade. Romances, crônicas, poesias: se você lê com frequência e prazer todos estes gêneros, são maiores as chances de que consiga escrever bem cada um deles.

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Revista Língua Portuguesa. Ano 9. Nº 102. Abril de 2014. pp. 32-33.
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31 de mai. de 2015

Como evitar a escrita didática e estereotipada?



Nenhum texto é inocente e livre de ideologia, mas o escritor precisa privilegiar o trabalho com a palavra, o modo de contar. A literatura pode humanizar as pessoas e fazê-las pensar, questionar, sonhar, imaginar, ter mais criatividade, sentir incômodo, ver que a vida é trágica, ficar mais consciente, não se conformar com a realidade e reinventar o mundo (Grifo meu). Isso não se consegue com textos cheios de estereótipos, lições de moral, didatismo e comportamentos politicamente corretos. É preciso que o texto tenha vozes, lacunas e vazios para o leitor preencher. O leitor é coautor. É ele quem vai terminar a história ou o poema, a partir das tragédias e alegrias da sua vida. Surpreender o leitor, romper suas expectativas, revolucionar um pouco a sua vida, tudo isso é arte literária. As armadilhas moram na linguagem pobre (a simplicidade é uma arte, mas a pobreza não!), no lugar-comum e na intenção clara de agradar, seguindo modismos.


REZENDE, Stella Maris. Língua Portuguesa. Ano 9 – Número 110 – Dezembro de 2014. P. 13.
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16 de mai. de 2015

Pés e pneus

A brisa. A árvore. Os pardais. Pés e pneus chegam. Esperam de pé e de pneu. Vozes se cruzam. Gargalhadas. Murmúrio. A sirene toca. O portão se abre. As bolsas saem. Crianças são tomadas pelas mãos. Crianças riem. Outras não. Adultos riem. Outros não. A briga. A brisa.
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O lado bom de escrever

Neste vídeo você ouvirá uma variedade de depoimentos de escritoras nacionais, as experiências delas vividas com os leitores, a importância que eles têm e tiveram em suas vidas. Os depoimentos são interessantes. Assista-os!


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