6 de nov. de 2014

O crime misterioso

A convite da direção da Escola Santa Terezinha, em Porto Real do Colégio – AL no dia 31 de outubro de 2014 estive por lá para um bate-papo com os alunos daquela instituição.

Antes de iniciar o bate-papo, discorri sobre a importância do livro e da leitura e como ambos são importantes para a vida pessoal e profissional. Após isso, tirei as mais variadas dúvidas sobre o livro A menina das queimadas, o processo de escrita e como se dá o relacionamento do autor com as editoras e outros temas que surgiram.

A tarde naquela instituição foi agradável, pois, fui recepcionado com carinho e curiosidade. E o mais importante de tudo é que todos os alunos leram A menina dasqueimadas e cada um deles queria destacar a parte que mais gostaram do livro.

Quando estava me preparando para vir embora, recebi de presente a cópia do livro O crime misterioso, escrito pelos alunos João Paulo e Geovana.

O livro se inicia com o roubo da aposentada Ana Paula. Movida pela curiosidade, Roberta se dirige para o local do crime. Reconhece quem atacou Ana Paula e quando resolve falar, é alvejada, vindo a óbito. A partir daí, inicia-se uma busca frenética para se descobrir quem matou Roberta.

O livro é matéria bruta. Precisa de lapidação.

A história, mesmo nessa fase, merece atenção. Sua estrutura foi escrita para o teatro. Ela necessita de alguns ajustes no enredo para chegar até o leitor.

De qualquer forma, foi um passo importantes para esses jovens escritores.

Quero dizer a João Paulo e Geovana que fiquei feliz por vocês terem se iniciado no mundo maravilho dos livros e que a escrita se desenvolve com a prática diária.




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5 de nov. de 2014

A cadeira de balanço de Sophós

Sophós estava na companhia de alguns conhecidos, mas seus pensamentos estavam dispersos. Cutucado por alguém, não deu importância. Levantou-se, cumprimentou a todos e se foi. Alguns fizeram mal, resmungando entre si.

Em casa, sentou-se na cadeira de balanço. Pensava:


"Não me adapto ao meio. O meio que é meu e que está fora de mim. Eu diferente, indiferente as faces que me roubam. Roubam os instantes pequenos, deixando-me só. A luz dos meus olhos percorrem sobre letras flutuantes e o vento alisa as folhas uma nas outras, numa brilheza. A folha amarela cai dentro de mim, porque ali não é a sua última fase.

Eu caminho suspenso e nada encontro. Todas as formas possíveis, todas as falas e palavras estão contidas e variadas nas cores de mim. Eu caminho, não numa estrada; mas por dentro de mim e por todas as partes e tropeço em uma interrogação.

Eu não vejo nada dentro de mim, a não ser eu. Unicamente eu, puro e original. O mundo de fora que espere, na porta, em silêncio e nos desencontros. Não sou culpado, e a culpa para mim é tolerar o absurdo.

Amanhã estarei outro dia e serei cheio de sol. Estarei no sono e estarei com os olhos abertos para mim".

E permaneceu bastante tempo ouvindo o cricrilar, o coaxar das suas reflexões, do seu jeito de ser naquele momento...
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1 de nov. de 2014

3º Encontro Sergipano de Escritores


Estive no 3º Encontro Sergipano de Escritores, dia 25 de outubro de 2014 revendo amigos, conhecendo outros escritores e me debruçando em novos livros.
Falar em livros novos, recebi um exemplar da SELETA DO II ENCONTRO SERGIPANO DE ESCRITORES, da qual faço parte, com o título Historinha. Essa seleta foi homenageia a irmã Dulce.
Após o lançamento dessa seleta, me dirigi ao auditório da Associação Semear. Nele, fiquei atento a palestra do Prof. Dr. Aderaldo Luciano. Ele é cordelista, tem larga experiência nessa área e nos brindou com uma belíssima palestra.
Expôs, com bastante clareza, a importância do Cordel produzido no Brasil, especificamente na região Nordestina. Não tratou dele como uma subcategoria literária, mas como Literatura genuína e citou nomes como o de Ariano e outros escritores renomados que liam, estudavam e se inspiravam nos cordéis.
Encerrada a palestra, visitei os cordelistas presentes no evento, deles comprei cordéis, troquei ideias e fui para casa na certeza que aprendi naquela tarde a importância da interação e diversidade.

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22 de out. de 2014

Beijando a flor

Em frente da minha casa há um jardim.

Nele, um beija-flor beija as flores todas às tardes.
Todos os sábados, em frente da minha casa, uma garota colhe  flores.

Houve uma semana que ela, o beija-flor e as flores se encontraram.

O beija-flor percebeu que a garota tinha olhos lânguidos. Correu ao encontro dela e a beijou.

A garota riu, agradeceu.

Disse: você beija todos os dias a sua flor. Eu as colho para o meu amor — os olhos lacrimejaram.

E entendeu o beija-flor.

E assim, combinaram adornar o jardim.
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