13 de abr. de 2013

Sobre 2615-15



Eu não escrevo por hobby. Eu não escrevo para doar livros a parentes, amigos, conhecidos ou seja lá quem for no intuito de receber deles elogios. Eu escrevo para vender, ser lido, ser útil.
Escrever é uma atividade árdua. Requer tempo, concentração, conhecimento da língua, do mundo, dos livros e exige técnicas. Além da preparação do conteúdo material. 
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4 de abr. de 2013

A narrativa ficcional infantil e juvenil contemporânea


Mesa redonda
A convite da Diretora da Biblioteca Pública Infantil Epifânio Dória, profª. Sônia, participei como debatedor no dia 02 de abril na mesa redonda intitulada: Leitura e Aprendizagem: a narrativa ficcional infantil e juvenil contemporânea. Esse evento se deu por conta da programação especial alusiva ao mês do Livro Infantil em memória dos escritores Hans Christian Andersen, Monteiro Lobato e Epifânio Dória. O evento foi realizado na cidade de Aracaju – Sergipe.

A mesa, além de mim, foi composta pelo professor palestrante da Faculdade Pio Décimo M.Sc Manoel Messias Rodrigues do Curso Letras e pelo Profº. Dr. Ricardo Nascimento Abreu/BPED/Secult coordenando a mesa e a escritora Lilian Rocha.
Debatedor

O professor Messias se utilizou de uma linguagem clara e concisa para situar a história da literatura infantil, desde Hans Christian Andersen, Charles Perrault e outros até as obras contemporâneas, expondo as mudanças que houve relacionadas a contação de histórias para esse tipo de público. Destacou a importância da humanização que a literatura trás para a vida das pessoas, especificamente das crianças e sugeriu a importância de mediadores para o estímulo a leitura. 

A escritora Lilian Rocha, como debatedora, destacou que deveria existir uma maior quantidade de mediadores para que se proliferasse o hábito da leitura, deu ênfase às palavras do professor Messias quanto a humanização literária e partilhou experiências familiares relacionadas a leitura e a criatividade.
Encerramento do evento

Por último, opinei sobre os principais pontos mencionados anteriormente pelo professor Messias e a escritora Lilian Rocha. Sobre a humanização, destaquei a importância dos livros de ficção na vida das pessoas para que elas não se apeguem ao racionalismo, esquecendo-se de cultivar a inteligência emocional, sensível que nos transpõe para o outro, as suas angústias e temores. 

Quanto à leitura, opinei que o problema não é só de mediador, mas dos porquês. Destaquei que não adianta dizer para a criança, o adolescente, o jovem que “Ler é bom”, mas por que é bom? Para que serve a leitura de livros literários? 

O evento encerrou-se com as considerações finais relacionadas a duas indagações da plateia: uma sobre a participação da mídia no processo de leitura e outra a respeito da inspiração e uso das técnicas. 








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29 de mar. de 2013

Novela literária


Quando se fala em novela, vem-se na cabeça aquelas exibidas pelos canais de maior alcance de público no Brasil. Mas as novelas, exigidas em concursos literários, não se relacionam com aquelas.
Para compreendermos esse gênero, nada melhor que conhecer seu conceito. A palavra é italiana (novella) e significa “notícia” ou “relato novelesco”.  O Aulete assim define o termo: “Gênero literário que consiste numa narrativa breve, de extensão entre o conto e o romance, sobre um acontecimento em torno do qual gira o enredo”.
Há quem afirme que os primórdios dela estejam relacionados com o Renascimento, especificamente com Giovanni Boccaccio (1313-1375) e seu Decamerão. Esta obra rompe com a literatura medieval, nomeadamente pelo seu cariz realista. No entanto, entre os séculos XVIII e XIX os escritores reconhecem a novela como estilo literário, regido por normas e preceitos.
A novela, para muitos, é um gênero intermediário entre o conto e o romance na qual toda a ação acompanha a trajetória de um único personagem. Sua quantidade de páginas gira em torno de 50 e 100. Isso equivale de 20 a 40 mil palavras. Nela, as ações se concentram nas concatenações individualizadas. A novela baseia-se num conflito e tudo mais tende para a conclusão. Apresenta uma maior economia de recursos narrativos; um maior desenvolvimento de enredo e personagens.  Ao contrário do conto, a novela evita longas descrições e dá prioridade à narração, ao diálogo e ao resumo.
A novela se estrutura em torno da ação, do tempo e espaço. A ação ou ações ocorre (m) no presente e sempre que necessário, recorre ao pretérito. O tempo, é claro, é o do calendário, do relógio, dos costumes, das épocas. O espaço, no entanto, está entrelaçado ao tempo e a sua pluralidade é o que importa, tornando-a distintiva. O uso da linguagem deve ser simples e clara, levando em conta a falava das personagens onde se passa a história principal e o local dos acontecimentos.
Portanto, a novela conta com vários enredos que a princípio parecem independentes, mas que, ao longo da narrativa, se ligam e se complementam.


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17 de mar. de 2013

Prefiro garotas off-line


O sorriso era solto e os lábios carnudos. Isso  realçava a beleza exótica dela. Apesar de divorciada, seus olhos não eram tristes, nem lamurientos. Transpareceu alívio, pois, seu ex era muito ciumento e não queria ser mais uma na lista da Proteção Preventiva
 
A trepidez da lancha não impedia o nosso diálogo. Ela levantou-se do assento de madeira, pediu para o condutor da lancha parar no primeiro ponto de desembarque, sentou-se e disse:

— Não posso passar por aqui sem ir à casa da minha amiga. A gente se conhece desde a escola e somos boas amigas.

— Faz bem, disse eu. Preservar os verdadeiros amigos é coisa boa porque eles são poucos e raros. Boa sorte em sua amizade.

Ela me agradeceu, pegou endereço do Face, deixou-me aquele sorriso largo e se foi. A lancha seguiu seu destino e a trepidez dela não impedia os meus pensamentos, nem a doce lembrança que ela deixou naquela manhã.

Se não a conhecesse pessoalmente jamais me deliciaria naqueles lábios, nas maçãs que me fez lembrar Clarice e do busto esbanjando sensualidade. Nada disso seria possível se a conhecesse em alguma rede social.

E concluí: nada substitui a vida off-line.
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