1 de mar. de 2013

Sobre os presentes

Dê a seu filho um livro como se dá um bombom, um brinquedo, a camisa do time preferido, o abraço, o afago. Permita a ele (a) o mundo das palavras e do conhecimento. 
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26 de fev. de 2013

Gênero Lírico: a poesia


"(...) uma manifestação cultural, criativa, expressiva do homem. Não se trata de um 'estado emotivo', do deslumbre de um pôr-do-sol ou de uma dor-de-cotovelo; é muito mais do que isso, é uma forma de conhecimento intuitivo, nunca podendo ser confundido o termo poesia com outro correlato: o poema".

Assis Brasil

A este tipo de gênero pertencem várias poesias, indo da Ode até a Satírica, incluindo as formas livres e fixas. Não quero adentrar em definições, nem aos aspectos históricos em que cada uma delas estão inseridas, mas sugerir dicas para aqueles que pretendem participar de certames literários. Então, nada melhor que conhecer as principais características de um poema, extraído do livro [1]Português: linguagens de Cereja e Magalhães. São elas:
  •   Geralmente é construído em verso; 
  • Os versos podem ser agrupados em uma ou mais estrofes;
  • Explora a musicalidade e o ritmo das palavras 
  • Frequentemente são empregadas figuras de linguagem com a intenção de criar efeitos de som e de sentido; 
  • Pode apresentar rima no final ou no interior dos versos; 
  • Pode ou não empregar recursos sonoros, como a aliteração, a assonância, a paronomásia, o paralelismo;
  • Pode apresentar imagens e recursos gráficos e visuais.

É necessário, também, conhecer os recurso musicais que os versos exigem, tais como: a métrica, o ritmo e a rima. Para saber mais, acesse estes links:


E para concluir, nada melhor que citar Elias José: “[2]A poesia está nas palavras bem usadas, na musicalidade conseguida, no que o autor nos diz e como diz”.



[1] CEREJA, William Roberto & MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens: volume único. São Paulo: Atual, 2003.
[2] JOSÉ, Elias. A poesia pede passagem: um guia para levar a poesia às escola. São Paulo: Paulus, 2003.
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17 de fev. de 2013

Escrever não é um dom – Conclusão


 Procurei, com base nas experiências de outros autores e minhas, demonstrar que a escrita literária ou técnica não é um privilégio de poucos ou que tenha uma ligação divina. Para concluir meu ponto de vista, transcreverei experiências próprias:
Antes de participar do prêmio literário Alina Paim, pedi a opinião da professora Dilma Marinho de Carvalho. Ela me aconselhou a melhorar os diálogos, os tempos verbais e sugeriu mudanças em várias partes do livro. Pediu que eu fizesse outra revisão. Disse ela: “Acho que você deve fazer outra revisão, pois há coisas q só o autor pode decidir mudar”.
Não retruquei. Enquanto seguia seus conselhos, percebi que no miolo do livro havia um capítulo deslocado. O que fiz? Sem dó ou piedade, eu o exclui com veemência. Continuei minha revisão, apagando parágrafos, escrevendo outros, substituindo palavras até o livro ficar pronto para o envio. O resultado foi a primeira colocação na categoria infanto-juvenil do citado prêmio.
O meu recente título, A menina das queimadas, foi revisto por mim várias e várias vezes até chegar ao ponto onde defini que estava pronto para publicação.
Então, enviei o livro para a revisão. A revisora ao concluir seu trabalho, disse: “Para deixar a leitura mais suave e formalizada, realizei a mudança de verbos como a gente tinha para tínhamos, sem comprometer o sentido do texto”.
A revisora seguiu sugerindo outras mudanças. Ela sugeriu a mudança da frase “Viver para dentro de casa” por “viver dentro de casa”. Eu recusei a sugestão dela. Querem saber por quê? Porque se a preposição para fosse excluída da frase tiraria o brilho da ideia e a mensagem nela contida. Por que fiz isso? Porque nem sempre as regras devem prevalecer sobre a mensagem do texto. Para isso, é necessário conhecê-las.
Para os espirituais, concluo: deixe a sua mente livre para a criação, mas conheçam todas as técnicas que a escrita criativa exige.

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15 de fev. de 2013

Gênero literário: o conto


1Porque cada conto traz um compromisso selado com sua origem: a da estória. E com o modo de se contar a estória: é uma forma breve. E com o modo pelo qual se constrói este seu jeito de ser, economizando meios narrativos, mediante contração de impulsos, condensação de recursos, tensão das fibras do narrar”. (GOTLIB, 2006:82).
Escrever sobre o conto não é nada fácil, pois, há quem ache que ele se inicia com os mitos e tornou-se flexível a ponto de ser confundido com outros gêneros literários, como a crônica, por exemplo. Procurarei ser mais claro possível e objetivo, pois, não pretendo me alongar em um assunto que confunde até especialistas.
Contar, verbo que indica ação, não se resume ao ator de narrar, nem de descrever; mas inventar. Por isso, não se compromete com o evento real de uma ação porque a ficção é o que importa, o valor artístico e criativo do autor. Para Gotlib (2010:12) “o conto, no entanto, não se refere só ao acontecido. Não tem compromisso com o evento real. Nele, realidade e ficção não têm limites. Um relato, copia-se; um conto, inventa-se, afirma Raúl Castagnino”.
O conto é uma redação ficcional. Como tal, segue o modelo clássico contendo o início (a apresentação), o meio (complicação, evolução e clímax) e o fim (solução ou desfecho). Para escrevê-lo, deixe a sua imaginação fruir e não a impeça. Depois, aplique os conhecimentos técnicos, i. é, a clareza, a concisão e a coerência para que a sua história possa se amoldar as características desse texto literário.
Escrita a história, aplicado os conhecimentos técnicos, é hora de escolher um título adequado, sutil que atraia a atenção do leitor. Pensando em tudo que foi escrito, deixo alguns links contendo dicas úteis para a criação de um bom conto: Estrutura do conto; Característica gerais do conto; Teses sobre o conto; O que é o conto.
1 GOTLIB, Nádia Batella. Teoria do conto. São Paulo: Ática, 2006. - (princípios; 2).
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