1“Porque
cada conto traz um compromisso selado com sua origem: a da estória.
E com o modo de se contar a estória: é uma forma breve. E com o
modo pelo qual se constrói este seu jeito de ser, economizando meios
narrativos, mediante contração de impulsos, condensação de
recursos, tensão das fibras do narrar”. (GOTLIB, 2006:82).
Escrever
sobre o conto não é nada fácil, pois, há quem ache que ele se
inicia com os mitos e tornou-se flexível a ponto de ser confundido
com outros gêneros literários, como a crônica, por exemplo.
Procurarei ser mais claro possível e objetivo, pois, não pretendo
me alongar em um assunto que confunde até especialistas.
Contar,
verbo que indica ação, não se resume ao ator de narrar, nem de
descrever; mas inventar. Por isso, não se compromete com o evento
real de uma ação porque a ficção é o que importa, o valor
artístico e criativo do autor. Para Gotlib (2010:12) “o conto, no
entanto, não se refere só ao acontecido. Não tem compromisso com o
evento real. Nele, realidade e ficção não têm limites. Um relato,
copia-se; um conto, inventa-se, afirma Raúl Castagnino”.
O
conto é uma redação ficcional. Como tal, segue o modelo clássico
contendo o início (a apresentação), o meio (complicação,
evolução e clímax) e o fim (solução ou desfecho). Para
escrevê-lo, deixe a sua imaginação fruir e não a impeça. Depois,
aplique os conhecimentos técnicos, i. é, a clareza, a concisão e a
coerência para que a sua história possa se amoldar as
características desse texto literário.
Escrita
a história, aplicado os conhecimentos técnicos, é hora de escolher
um título adequado, sutil que atraia a atenção do leitor. Pensando
em tudo que foi escrito, deixo alguns links contendo dicas úteis
para a criação de um bom conto: Estrutura
do conto;
Característica
gerais do conto; Teses
sobre o conto; O que é o conto.
1 GOTLIB,
Nádia Batella. Teoria do conto.
São
Paulo: Ática, 2006. - (princípios; 2).