7 de jan. de 2010

A minha caixinha de música

A minha caixinha de música
Não entrou para o ouvido.
Hoje mesmo ela tocou uma acústica
Lá do alto ao meu ouvido.

Daí de cima a tua harpa,
Em escala musical, me atravessou como uma farpa
Com tua canção maternal.

Mãe, por que você olha mesmo
Pra este filho ingrato,
Que faz poemas tão feios
Indizíveis, chatos

Cheios de rodeios
Para o teu seio etéreo e nato? 

LIBERATO, Wellington. Et all. Minicoletânea de Escritores Colegienses. Opção 2: RS, 2003.
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3 de jan. de 2010

Sobre a vida

É asfixiada na massa, fixa n`alma.
É o vento das antíteses.
É a tese do nada.
Bendita vida que passa.
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25 de dez. de 2009

Sobre a exclusão













Se nos teus pés falta chinelo é porque alguém está calçado nele.

Se na mesa falta pão é porque alguém o comeu.

Se no teu corpo falta roupa é porque alguém está vestido nela.

Se não tens lazer é porque alguém ocupa o teu espaço.

Se no bolso falta dinheiro é porque alguém o retém para si.

Se no teu quarto falta remédio é porque alguém tomou para si.

Se te falta alegria, prazer; é porque fostes roubado...

Só o que não te falta é a velhice e ninguém quer tomá-la para si.
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17 de dez. de 2009

Céu de caibros


Estamos sujeitos as ideias.

(Não é o da gramática)

Olho no teto e vejo telhas (Meu céu),

Caibros, ripas, linhas, fios

E um vaga-lume que depende de mim para brilhar.

Olho o céu.

Ideias diferentes, do além.

Então, começo a descobrir o mundo que está tão perto de mim.

O mundo suspenso, abafado e úmido.

Então vamos dormir

— Que calor!

Amanhã é outro dia!
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