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9 de jul. de 2013

O blog Entre Páginas de Livro resenha o livro A menina das queimadas

Hoje eu não irei fazer uma resenha do livro que li, e sim uma análise expondo a minha opinião e explicando a história. Isso porque a obra é pequena e com uma narrativa bem simples, de modo que se eu aprofundar acabo falando tudo e soltando spoilers. Então vamos com calma para você conhecer um pouco o que há por trás das páginas do livro A Menina das Queimadas do autor Ronaldo Pereira de Lima.
A Menina das Queimadas é uma criança que vivencia as dificuldades enfrentadas pela população brasileira entre as décadas de 30 e 40. Tudo é narrado através da protagonista, Zélia de Oliveira Rocha, e os fatos são verídicos. Em apenas 52 páginas, conhecemos muito sobre a infância e adolescência da Zélia.
Logo nas primeiras páginas, somos apresentados a dificuldade da protagonista em estudar. Naquela época, os alunos eram mais aplicados e respeitavam muito a professora que em muitas vezes os colocavam de castigo. Zélia teve que conciliar os estudos em cuidar dos irmãos e ajudar no sustento da família. Por isso, muitas vezes ela vendia doces, chamados queimadas e faltava as aulas para cuidar dos irmãos, que eram muitos.
Nas décadas de 30 e 40 não havia uma boa energia elétrica, muito menos uma medicina avançada no Brasil, a saúde era precária e por conta disso muitas pessoas morriam por falta de médicos. O namoro era algo mais sério, um beijo no rosto já é capaz para que uma menina ganhe má fama. As famílias eram mais numerosas e todos trabalhavam desde cedo para ter o seu sustento. Tinham também as rezadeiras e os costumes populares. Tudo isso e outras questões são abordadas e vivenciadas pela menina das queimadas.
A narrativa lembra muito livros de contos e muitas vezes fiquei imaginando a minha vó narrando todas aquelas histórias. A linguagem é muito simples e até mesmo informal, mesmo porque a educação naquela época era precária e o autor transmite muito bem isso, assim como os costumes e valores. Se formos parar para refletir: muitas coisas mudaram, para o bem e para o mal.

A diagramação do livro é simples, porém completa; contendo sumário, páginas amarelas, nome do livro e do autor no canto das páginas juntamente com a numeração. A revisão ficou boa, o único problema é o espaçamento entre algumas palavras. Além disso, encontramos no final do livro um glossário para auxiliar a leitura.
Gostei muito do livro, devorei ele em poucos minutos e reli duas vezes fazendo diversas anotações que eu achei interessante. A maneira que o autor escreve é viciante e instigante, um verdadeiro diferencial para histórias do gênero. Também aprendi algumas informações que acabam perdidas na história, sendo resgatadas por pessoas que já vivenciaram essa experiência. Vale a pena conhecer a história de Zélia, que batalhou por seus ideais mesmo diante das dificuldades. Fica a dica, dê uma chance a um livro diferente que vai acrescentar pelo menos um pouco em seus conhecimentos.

FORTUNADO, Caíque. A Menina das queimadas. http://www.entrepaginasdelivros.com/2013/06/resenha-menina-das-queimadas.html. Acesso em 30/06/2013.
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5 de out. de 2013

Entrevistado pelo Divulga Autor




O blog Divulgar Autor, mantido pelas escritoras Jéssica Morgan (Medo da Verdade) e Roberta Kelly (A chave) mantêm a seção Um café e um livro. Concedi uma entrevista para elas. Visite o blog, confira a entrevista e deixe seu comentário.

Nela, discorro sobre a importância da leitura na formação do escritor, o conceito de inspiração,  as dificuldade sobre a distribuição e divulgação. Encerro a entrevista falando sobre o livro A menina das queimadas, os objetivos alcançados e o que desejo para aqueles que lerem o livro.


Sábado, 5 de outubro de 2013.
Ronaldo Pereira de Lima
Nosso Café recebe hoje o escritor Ronaldo Pereira de Lima, autor do livro 'A Menina das Queimadas'.
Seja bem vindo Ronaldo!
J.M.: O que o despertou para leitura o motivando a escrever?
R.P.L.: O meu envolvimento com a leitura tem um fato curioso. Tudo aconteceu quando eu quebrei o braço. Sem as malinações diárias, lia o Novo Testamento todos os dias. Foi dessa forma que o hábito de leitura se incorporou em mim. Desse dia em diante outros autores foram sendo acrescidos em minha vida, de diferentes estilos e assuntos diversos. Com o acúmulo de leituras, passei a perceber o mundo e essa percepção me fazia e faz externar emoções e ideias. Esse é um dos motivos. Outro que julgo importante: não só para mim, mas para as pessoas é torná-las leitoras. Para quê? Para que ampliem a sua compreensão sobre todos os aspectos em que as suas vidas estão envolvidas.
R.K.: Antes de começar a escrever, você já tem um esqueleto de como você quer que a história seja?
R.P.L.: Eu uso duas linhas de inspiração para escrever: a primeira é a intuição, isto é, o enredo me vem à cabeça e eu passo horas escrevendo. Só paro por uma interferência externa ou impedimento físico. A segunda é usando a percepção, seja num diálogo, seja na leitura. Nesta, eu faço anotações, monto o esqueleto e dou início ao livro. Feito tudo isso, vem a parte mais trabalhosa que são as alterações que só o autor pode fazer.
R.K.: O que foi mais difícil quando publicou o primeiro livro e o que foi mais difícil no último?
R.P.L.: As dificuldades que encontrei para a publicação do meu primeiro livro foi o desconhecimento. Na época, eu era jovem na idade e no mundo dos livros. Então, não tinha ideia, nem noção da abrangência na confecção de um livro, desde a diagramação até a Lei de Direito Autoral. Não encontrei dificuldade na publicação do meu último livro, mas na distribuição e na divulgação. Sem esses elementos, o livro fica desconhecido do público. Desconhecido, ele não é lido. Graças à blogs como o seu; pouco a pouco o autor e a sua obra passam a serem conhecidos.   
R.K.: Você atingiu seus objetivos com A Menina das Queimadas?
R.P.L.: Sim, pois, todas as pessoas que adquiriram o exemplar até o momento têm dado opiniões positivas sobre o livro. Outro dia encontrei uma professora que disse: “Olhe, meus alunos estão lendo o seu livro e gostaram bastante. Tem até fila de espera”. Quando ouvi isso, fiquei bastante alegre, pois, percebi que o meu livro despertou o interesse da garotada. Ouvi de outro leitor o seguinte: “Parabéns pelo livro. Eu tava pra baixo e ele me motivou bastante. A história de superação da protagonista é um exemplo de superação”. Fazer as pessoas refletirem e se entreterem ao mesmo tempo são o meu maior objetivo quando escrevo, buscando a melhor linguagem para o leitor.
J.M.: Como você deseja que as pessoas sejam tocadas por esta história? Qual mensagem deseja transmitir?
R.P.L.: Desejo que os leitores se emocionem, comparem os valores socioculturais do passado com os dos dias atuais, reflitam, tirem algum proveito da leitura do livro para si, pois, a mensagem dele é esta: que a gente deve apoiar os sonhos e objetivos das pessoas. Que elas sejam motivadas e estimuladas para superarem as dificuldades da vida.
J.M. e R.K.: Ronaldo Pereira de Lima é escritor, pesquisador, e tornou-se em 2007 colunista do jornal on-line Tribuna da Praia. Em 2009 lançou o livro de prosa poética Agonia Urbana na IX Bienal Internacional do Livro da Bahia pela Litteris Ed.: Quártica; Em 2010 foi contemplado com o prêmio Alina Paim de Literatura Infantojuvenil com o título Laura, publicado em 2011 pela Editora Oficial do Estado de Sergipe e em 2012 é publicado o livro A menina das queimadas, seu título recente pela Editora Scortecci. 
Ronaldo, agradecemos sua participação aqui no Blog Divulga Autor!

Links de venda do livro: http://www.livrariaasabeca.com.br/
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23 de mar. de 2017

O autor fala de sua obra: A menina das queimadas


Como nasceu A menina das queimadas

O livro A menina das queimadas nasceu das memórias de dona Zélia, minha sogra, recolhidas das muitas conversas que tive com ela. Apesar dos 80 anos, ela contava com extrema lucidez coisas da sua infância, adolescência e juventude. De tanto ouvir ela falar das coisas que marcaram a sua vida, resolvi recriar parte de suas memórias literariamente para elas sejam úteis para aqueles que abrem a cabeça e o coração. As histórias contadas no livro A menina das queimadas se passavam durante os anos 30 a 50. A época é distinta dos dias atuais, mas as histórias servem de reflexão para aqueles que queiram pousar nelas.

Do que falam essas histórias? 

As histórias falam do sistema precário de educação, de brincadeiras, sofrimento, do amor, desgraça, crenças, costumes, trabalho infantil e as dificuldades, os tabus que eram impostos na época. Elas não têm somente valor pessoal, mas sociológico e antropológico por se tratar de um retalho do país.

Até mais!
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29 de jan. de 2014

Segunda edição do livro A menina das queimadas


Era costume meu sentar ao lado de dona Zélia para ouvir as suas histórias. Na minha cabeça os fatos adquiriam vida. Acompanhava as suas aventuras, dramas, alegrias e tristezas. Num desses dias percebi a importância delas, pois, ultrapassavam seu valor pessoal. Então, resolvi escrever este livro.

O livro A menina das queimadas está dividido em duas partes que se inter-relacionam. A primeira fornece tópicos da infância e estes expõem as dificuldades que essa encontrava para conciliar a vida de estudante com os afazeres do lar, as angústias cotidianas com o lazer. Já a segunda trata da sua convivência com a avó. Vivendo sossegada na companhia dela, a menina das queimadas continuou a estudar, tornou-se adolescente e paquerada por muitos. Você com certeza vai gostar de conhecer como se fazia o leilão de prendas (festa de debutante) ou como as rezadeiras faziam para espantar mal olhado.

Por fim, as histórias aqui contidas falam de uma criança que tinha sonhos, problemas e uma enorme vontade de estudar e vencer na vida. Ler este livro é fazer o percurso da vida dela. Se você se identificar com alguma dessas situações ou pessoas, não se surpreenda, afinal de contas elas foram reescritas literariamente.
 O autor
Saiba mais:
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3 de out. de 2012

A menina das queimadas

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Sinopse: 

As histórias contidas neste livro se passaram numa cidadezinha de Sergipe. Ele nasceu das memórias de Zélia de O. Rocha, recolhidas das conversas, das anotações e pesquisas feitas pelo autor.

Ela contava para ele com extrema lucidez coisas que se passaram na sua infância, adolescência e juventude durante as décadas de 30 a 50. De tanto ouvi-la falar desses temas, o autor resolveu recriar literariamente parte dessas memórias.

As histórias aqui narradas tratam do sistema precário de educação e de saúde, das brincadeiras, das angústias cotidianas, das paqueras e seus tabus, das crenças e costumes religiosos, da medicina popular e do trabalho infantil que eram impostos na época.

Assim, este livro conduz o leitor por esses meandros, suscitando reflexões capazes de transcender o texto na direção de vários contextos atuais.


Ronperlim

O que dizem os leitores:

“História interessante, de fácil compreensão”.
“(...) simpático livro covê nos mandou. Essa questão da memória e das cidades é de fundamental importância para o mosaico que compõe a história do país e das comunidades. O indivíduo como protagonista das narrativas locais e da história, e esse resgate você fez bem. Parabéns”!
José Maria Rodrigues, editor – Taba Cultural Editora

“(...) posso adiantar que estou me deleitando bastante com a leitura do mesmo: de fácil leitura, não cansativo, e cada capítulo nos arremete à leitura do próximo!”.
Orlando Santana da Cruz, Guarujá - São Paulo
"Um livro curto de 50 páginas que li numa sentada. Linguajar solto e fácil no ritmo... Não sei se fui sugestionado pelo perfil do escritor que o conheço do concurso onde ganhou o prêmio de literatura infantil, com um livro chamado Laura... ‘A Menina das Queimadas’ me pareceu encaixado nessa mesma categoria. O que achei bom, pois pode ser lido com facilidade pelas crianças e com proveito pelos adultos, que foi o meu caso".
Saracusa, Escritor, Prêmio Mário Cabral de Crônicas, Aracaju - Sergipe

"Adorei a leitura do livro ‘A Menina das Queimadas’. Uma leitura leve que nos leva pra outrora... Fiz a leitura no tempo de uma travessia pelo Rio São Francisco entre Sergipe e Alagoas e essa travessia não foi apenas dos limites entre dois estados... Foi uma viajem ao túnel do tempo que nos remete de forma bem descritiva os detalhes do espaço e tempo do homem e da mulher (grifo meu) da época de 30 e 40. Recomendo essa viajem a todos".
Fátima Ferreira dos Santos, Pedagoga e Arte Educadora, Propriá - Sergipe.

A maneira que o autor escreve é viciante e instigante, um verdadeiro diferencial para histórias do gênero.

Caíque Fortunado. Entre Páginas de Livros, Minas Gerais - MG.

Onde Comprar:
O livro pode ser adquirido no site da Livraria Asabeça, Livraria Ronperlim, Martins Fontes Paulista e Livraria Cultura.






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