20 de set. de 2024
Pingue-pongue de conflitos
10 de set. de 2024
Isso é um sonho
O que temos são pessoas que se convenceram que a prática da mercantilização do voto é um problema sem solução. Acreditam com tanto vigor nisso que se recusam a escutar uma opinião nova, distinta. Sempre que tenho a oportunidade falo sobre a reeducação política, as possibilidades de ela acontecer em uma sociedade organizada em núcleos. Mas o meu ponto de vista é ignorado como: "isso é um sonho".
Estão tão domesticadas que são incapazes de acreditar, de terem esperança; preferindo a insensibilidade, tirando proveito das oportunidades surgidas, tendo o egoísmo como escopo de suas vidas; regozijando-se muitas vezes com seus feitos daninhos. Estão tão convencidas que não querem nem ouvir, até porque muita gente tem se dado muito bem com tais práticas.
Das oportunidades para defender que é necessária uma reeducação política a única coisa que tiro proveito é isto: não sou um desacreditado. Que em mim há esperança e lucidez. Que há em mim uma força hercúlea capaz de enfrentar os que preferiram a mancebia da corrupção, dos golpes e tentam arrastar aqueles que ainda acreditam...
8 de mai. de 2024
Esse óculos foi da política
3 de jul. de 2023
Sabujos rabujo
19 de mar. de 2023
Irmã da covardia
Era de madrugada no povoado Alecrim quando Felipe bateu desesperado na porta da casa de Ivan. A porta foi aberta, mas a cara e o coração estavam fechados. Isto era visível nas formas geométricas da face dele. Felipe nem importância deu porque para ele a única coisa que importava era a mulher que estava prestes a parir.
18 de fev. de 2023
Harmônicos entre si
15 de fev. de 2023
Ele se acha
19 de abr. de 2022
A merenda que não estar nas escolas
30 de mar. de 2022
Professores e educadores
Esse tipo de comportamento é típico de professores e não de educadores. Estes priorizam a educação, são profissionais e lutam todos os dias por vencimentos justos; enquanto aqueles se preocupam com o estômago, são desqualificados, bajulam políticos para ocupar cargos, reclamam todos os dias dos vencimentos, dos alunos, dos colegas e não cumprem com o seu dever; tornando-se capachos do sistema.
Eleições e a troca de voto na República Velha
O poder de manipular
26 de fev. de 2022
Molhando a mão
10 de nov. de 2021
Mil blocos logo no início
Publicado inicialmente em 2015 na Tribuna da Praia.
Du resolveu pintar o cabelo de amarelo queimado. Na calçada, conversa com um, com outro e chama pelo nome dos que passam pela rua. Em seguida, se aproxima de onde estou; sentando ao meu lado.
Perguntei o que ele achava do prefeito. Ele respondeu: “Não quero nem ouvir falá o nome desse homi”. A resposta crespa e raivosa dele não me fez recuar. Indaguei as razões de tanta raiva. Du ficou silente, mas resolveu abrir o coração. Me disse: “Minha avó... Perto de se aposentar. Precisou de R$ 50,00. Aí, ela falou com um conhecido dela. Ele não conseguiu arrumar o dinheiro. Aí, o conhecido da gente disse: ‘Não se preocupe. Vou falá com o prefeito’. Quando minha avó foi falá com o prefeito a mando desse conhecido, ele só deu R$ 20,00. Isso foi cinco meses depois da eleição”.
Eu disse para ele: “Isso não é certo. As pessoas devem pedir para os prefeitos escolas boas, bons professores, saúde de qualidade, cidade bem cuidada, gerar emprego para as pessoas não ficarem pedindo nada para eles. O voto não pode ser vendido, nem trocado”. Du parecia não me ouvir. E me indagou: “Você acha isso certo: a pessoa precisar de R$ 50,00 e receber R$ 20,00? Ele (o prefeito) recebe mais de R$ 10.000,00. Ele tá pior que o vice. A gente precisou de R$ 80,00 e ele deu R$ 70.00. Só faltou R$ 10,00”.
Eu retruquei, mantendo as minhas opiniões e Du complementou a sua fala: “Logo no início da campanha, o prefeito deu mil blocos pra gente construir o muro da casa de minha avó. Foi sete votos lá em casa. E minha avó só precisou dele cinco meses depois. Quando ele já era prefeito. O dinheiro era pra pagar a energia”.
Dito isso, se calou. Eu também me calei.
Debaixo da árvore, os pardais pipilavam. Os galhos farfalhavam. As folhas caiam. Depois Du me disse: “Quer quantos quilos de macaxeira hoje?”. “Dois”, respondi. Ele me deu a mão, me cumprimentou e se foi com o sorriso cariado, sumindo na esquina da rua disforme.
Eu fiquei pensando no sistema que procria espécimes como cunhas, delcídios, arrudas, agripinos, o BBB (bancada da bala, do boi e da Bíblia), aécios e tantos outros que estão no Congresso criando problemas para a nação.