Hoje é 25 de fevereiro de 2003. A minha noite não
foi uma das melhores e eu cheguei à empresa cheio de olheiras. Assim que pus os
pés na sala e antes de sentar-me, minhas orelhas captaram palavras desprezíveis
e ínfimas. Não era para menos, pois, elas vieram de um tolo, desses que se
sente gente.
Observei firmemente a face daquela criatura portando
algumas cicatrizes na face e não me intimidei. A maldade brilhava em seus olhos
e aquele filhote da intolerância falava e falava. Nem os seus o suportavam, mas
o queria por perto para a coisa suja.
Enquanto ele falava, eu conhecia a inveja de perto, viva,
esquelética, movendo-se de um lado para o outro. Naquele momento, pensei: “a inveja é o
sentimento mais mesquinho que eu conheci. Despreza o próximo porque sente-se
desprezada. Filha da maldade, parente da fofoca e amante da irracionalidade; a
inveja corrompe, ofende e cria rixa entre os seres”.
Fiquei estarrecido ao vê-la me rondar.
Confesso que contive o nervoso sem que algumas pessoas percebessem. Só me
irritei, falando no mesmo tom de voz dela. Pareceu-me que aquele ser estava
tomado por um demônio.
Refletindo depois do ocorrido, vi que há um demônio
que ocupa a mente de muitas pessoas, que é o demônio da ignorância e da inveja.
Cadernos, Ron Perlim/Colégio/250203
É o que move muita gente, infelizmente!
ResponderExcluirA vida não é fácil. A gente precisa aprender a cada dia com esses sentimentos tolos. Valeu!
ExcluirForte reflexão.
ResponderExcluirObrigado, Márcia por comentar e perceber o quanto é importante refletir sobre determinadas atitudes. Abraço!
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