29 de mar. de 2013

Novela literária


Quando se fala em novela, vem-se na cabeça aquelas exibidas pelos canais de maior alcance de público no Brasil. Mas as novelas, exigidas em concursos literários, não se relacionam com aquelas.
Para compreendermos esse gênero, nada melhor que conhecer seu conceito. A palavra é italiana (novella) e significa “notícia” ou “relato novelesco”.  O Aulete assim define o termo: “Gênero literário que consiste numa narrativa breve, de extensão entre o conto e o romance, sobre um acontecimento em torno do qual gira o enredo”.
Há quem afirme que os primórdios dela estejam relacionados com o Renascimento, especificamente com Giovanni Boccaccio (1313-1375) e seu Decamerão. Esta obra rompe com a literatura medieval, nomeadamente pelo seu cariz realista. No entanto, entre os séculos XVIII e XIX os escritores reconhecem a novela como estilo literário, regido por normas e preceitos.
A novela, para muitos, é um gênero intermediário entre o conto e o romance na qual toda a ação acompanha a trajetória de um único personagem. Sua quantidade de páginas gira em torno de 50 e 100. Isso equivale de 20 a 40 mil palavras. Nela, as ações se concentram nas concatenações individualizadas. A novela baseia-se num conflito e tudo mais tende para a conclusão. Apresenta uma maior economia de recursos narrativos; um maior desenvolvimento de enredo e personagens.  Ao contrário do conto, a novela evita longas descrições e dá prioridade à narração, ao diálogo e ao resumo.
A novela se estrutura em torno da ação, do tempo e espaço. A ação ou ações ocorre (m) no presente e sempre que necessário, recorre ao pretérito. O tempo, é claro, é o do calendário, do relógio, dos costumes, das épocas. O espaço, no entanto, está entrelaçado ao tempo e a sua pluralidade é o que importa, tornando-a distintiva. O uso da linguagem deve ser simples e clara, levando em conta a falava das personagens onde se passa a história principal e o local dos acontecimentos.
Portanto, a novela conta com vários enredos que a princípio parecem independentes, mas que, ao longo da narrativa, se ligam e se complementam.


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