Elias
José
O
escritor Mário
de Andrade dizia: conto é tudo o que você chamar de conto. Não
esclareceu muita coisa, não acha?
Vamos
falara mais claro: conto é uma narrativa que pode ser contada
oralmente ou por escrito. Pode-se dizer que o ser humano já surgiu
contando contos. Tudo o que via, descobria ou pensava dava origem a
uma história, que ele aumentava ou modificava usando sua imaginação.
Antes do surgimento da escrita, os desenhos nas cavernas foram uma
maneira de registrar essas histórias.
Mas
aqui vamos tratar do conto escrito. O conto é mais curto do que a
novela e do que o romance. Tem um número reduzido de personagens e
conta apenas uma história, que se passa num curto espaço de tempo e
em poucos lugares. Essas personagens podem ser pessoas, bichos ou
máquinas e elementos da natureza que adquirem vida. Os contos podem
ser românticos, de aventura, de terror. Também há os contos
psicológicos, que falam mais do interior das personagens, do que
elas sentem. Os contos maravilhosos são contos de fadas e bruxas,
reis e rainhas, príncipes e princesas. Alguns contos narram
histórias que, mesmo não sendo verdadeiras, poderiam muito bem ter
acontecido na vida real. Outros se inspirem em histórias verdadeiras
para criar situações absurdas, totalmente imaginárias, que nunca
poderiam acontecer na realidade. Enfim, há contos de todos os tipos.
Geralmente
o conto não tem uma história muito movimentada. Ele deixa
transparecer mais os sentimentos das personagens do que suas ações.
Por isso, ele faz pensar, despertar alegria ou tristeza, faz o leitor
sentir o gosto de se emocionar.
ORTHOF,
Sylvia et al. A garupa e outros contos. São
Paulo: Martins Fontes, 2002 – (Coleção Literatura em Minha Casa:
v. 2).
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