2 de dez. de 2013

Por que ler contos

Elias José

O escritor Mário de Andrade dizia: conto é tudo o que você chamar de conto. Não esclareceu muita coisa, não acha?

Vamos falara mais claro: conto é uma narrativa que pode ser contada oralmente ou por escrito. Pode-se dizer que o ser humano já surgiu contando contos. Tudo o que via, descobria ou pensava dava origem a uma história, que ele aumentava ou modificava usando sua imaginação. Antes do surgimento da escrita, os desenhos nas cavernas foram uma maneira de registrar essas histórias.

Mas aqui vamos tratar do conto escrito. O conto é mais curto do que a novela e do que o romance. Tem um número reduzido de personagens e conta apenas uma história, que se passa num curto espaço de tempo e em poucos lugares. Essas personagens podem ser pessoas, bichos ou máquinas e elementos da natureza que adquirem vida. Os contos podem ser românticos, de aventura, de terror. Também há os contos psicológicos, que falam mais do interior das personagens, do que elas sentem. Os contos maravilhosos são contos de fadas e bruxas, reis e rainhas, príncipes e princesas. Alguns contos narram histórias que, mesmo não sendo verdadeiras, poderiam muito bem ter acontecido na vida real. Outros se inspirem em histórias verdadeiras para criar situações absurdas, totalmente imaginárias, que nunca poderiam acontecer na realidade. Enfim, há contos de todos os tipos.

Geralmente o conto não tem uma história muito movimentada. Ele deixa transparecer mais os sentimentos das personagens do que suas ações. Por isso, ele faz pensar, despertar alegria ou tristeza, faz o leitor sentir o gosto de se emocionar.

ORTHOF, Sylvia et al. A garupa e outros contos. São Paulo: Martins Fontes, 2002 – (Coleção Literatura em Minha Casa: v. 2).



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