Reescrever: uma dica |
Escrever para mim é uma necessidade, a forma mais simples de eu
ser e de estar no mundo.
Não quero ser um altívago. Quero na
terra estar, pisa nela com os pés do coração, escutar a escrita do outro e
viver no intervalo fechado que é a vida.
A escrita me reinventa, sustenta-me,
abre o meu riso diante da dor e do pranto desigual. Eu preciso escrever e escrever-me
nos sulcos da face. Eu quero sumir e aparecer para os momentos mais frios, mais
quentes da vida.
Se alguma insinuação solta aparecer por aqui,
porali; murmurando contra mim com gestos, palavras eu não estarei nem aí porque
estarei aí para a escrita. Eu quero apenas com a pena soltar a minha voz.
Então, não me liguem. Deixem-me viver
solto com o vento, meu irmão, e a morte; companheira da angústia.
Escrever, escrever e escrever. Meu
refúgio, meu grito urbano sem alento, sem forças.
Não me olhem, me beijem.
Não me olhem, me beijem.
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