O
problema do amor é que as pessoas o fantasiam.
O problema do amor é
que as pessoas criam imagens e perspectivas do objeto amado.
Elas nunca se
preparam para a dor.
Nunca se preparam
para a decepção, como se o amor fosse um estado de graça permanente.
O problema do amor é
que as pessoas o idealizaram e esqueceram que ele é concreto.
E por ser concreto é
incompreendido.
O problema do amor é
que ele é dual. Digo, não é único; torna-se único
É de carne e osso.
Não é só carne, só
osso. São duas carnes, dois ossos.
Esse é problema do
amor.
LIMA, Ronaldo Pereira de. Agonia Urbana. Rio de Janeiro: Litteris Ed: Quártica, 2009.