O
problema do amor é que as pessoas o fantasiam.
O problema do amor é
que as pessoas criam imagens e perspectivas do objeto amado.
Elas nunca se
preparam para a dor.
Nunca se preparam
para a decepção, como se o amor fosse um estado de graça permanente.
O problema do amor é
que as pessoas o idealizaram e esqueceram que ele é concreto.
E por ser concreto é
incompreendido.
O problema do amor é
que ele é dual. Digo, não é único; torna-se único
É de carne e osso.
Não é só carne, só
osso. São duas carnes, dois ossos.
Esse é problema do
amor.
LIMA, Ronaldo Pereira de. Agonia Urbana. Rio de Janeiro: Litteris Ed: Quártica, 2009.
Teu poema cresce, do meio pro fim. Perdem os leitores que não clicarem para ler mais.
ResponderExcluirDestaco:
" Digo, não é único; torna-se único
É de carne e osso.
Não é só carne, só osso. São duas carnes, dois ossos"
muito bom! é enérgico! A construção desse trecho lembra herberto Helder.
Ps. obrigada pela visita e comentário ao meu conto ' maldição '.
Obrigado pela comparação e por aportar aqui.
ResponderExcluirAbraço!
Realmente o problema do amor é tudo isso. E você ressaltou muito bem todos esse problemas. As pessoas amam com a ciência de que tudo pode dá e vai dá certo, e não com a ciência de que a dor um dia vai estar presente. E só por isso elas não se prepararam. Belíssima observação.
ResponderExcluirMariane, obrigado pelo comentário.
ResponderExcluirInfelizmente as pessoas se esquecem que o "Não é só carne, osso. São duas carnes, dois ossos".
Abraço e sinta-se à vontade para comentar.