Euforia, paixão, gritos estrídulos moviam-se no calor das passeatas de rua em rua. As bandeiras são verdadeiros estandartes. Os eleitores quando se deparam com pessoas de outro grupo, as recepcionam com vaias e os mais afoitos com gestos obscenos. O líder nada faz, mas demonstra certo sarcasmo.
Passada essa fase de comícios e pede-pede de votos, chega a semana da eleição. Os grupos se reúnem para traçar os pontos estratégicos do comércio eleitoral. Os líderes convocam os cabos eleitorais, discutem o que deve ser feito e começam agir, geralmente na calada da noite feito ladrão. Mas são os últimos três dias da eleição que as coisas acontecem e esquenta. As pernas dos eleitores são substituídas pelo frenesi dos pneus. São uns atrás dos outros para “impedir” a compra e troca de votos.
No dia as coisas aparentemente são calmas. A polícia, o MP (quando não escolhem um grupo) ficam na espreita tentando muitas vezes impedir a famosa boca-de-urna. Mas o vício é miserável e muitas vezes difícil de perceber, detectar. A criatividade é algo que acontece, pois, usaram nesta última o cachorro quente (retiravam o miolo do pão e punham dinheiro).
O resultado da eleição é divulgado, os vencidos se trancam em casa, as ruas são tomadas de novas passeatas, as músicas das campanhas são escancaradas, provocações são ditas para todos os lados e muita bajulação. Passada a essa euforia do dia cinco, a chateação perdura por alguns dias, novas caras aparecerem nas repartições acompanhadas de assédio moral, as promessas não cumpridas dão lugar as esculhambações; os que tinham esperança de um emprego perdem-na.
As vidas são retomadas.
Mas aquele mesmo eleitor que se cansou nas passeatas, nos transportes precários, que bebeu bebida ruim, que ganhou intrigas; vai à unidade de saúde, consulta-se e o médico em ¼ de papel A4 prescreve a medicação. O eleitor sai, vai à farmácia da unidade e de lá sai desapontado porque falta remédio. Com a receita na mão, sai desesperado a casa do prefeito (a), mas nunca o (a) encontra em casa ou na prefeitura. Mesmo assim, não desiste, caindo no bolso do vereador, antecipando a venda do voto que, na maior parte dos casos, não é vantajosa para quem compra; assim eles alegam.
Essa é uma demonstração de muitas do comércio eleitoral na base política deste país. Base essa construída sobre areia.
PORTO REAL DO COLÉGIO TÁ RUIM É MELHOR ACABAR E JUNTAR-SE A OUTRA PROVINCIA. RECEITA EM PAPEL A4 EM 1/4 É MUITA ECONOMIA COM O DINHEIRO PUBLICO, ECONOMIA TANTA QUE TEM REMEDIO NA CASA DO VEREADOR E FALTA NA FARMACIA POPULAR
ResponderExcluir.Serra precisa provar acusação que fez a Dilma
ResponderExcluirPosted by eduguim on 6/03/10 • Categorized as Opinião do blog
Parece que o PT finalmente acordou. Até que enfim uma medida inteligente. Interpelar José Serra judicialmente para que prove a acusação que ele e seus jornais, revistas, portais de internet, tevês e rádios estão fazendo a Dilma Rousseff, de que ela teria mandado fazer “dossiê” contra ele, obriga agora o tucano a provar a acusação que fez.
Serra está acostumado a que a mídia sempre compre suas acusações aos adversários e passe a tratá-las como verdade. No caso desse suposto dossiê contendo “acusação” à sua filha, bastou o tucano reclamar que Globos, Folhas, Vejas e Estadões passaram a repercutir a acusação como se já tivesse sido provada.
Se o PT não tivesse agido, logo surgiria alguma fonte secreta “provando” que Dilma realmente mandou fazer dossiê e pronto, ficaria o dito pelo não dito, porque, a cada desmentido do PT, a mídia trataria de ironizar e de insinuar que seria mentira.
Com a medida judicial do PT, Serra, agora, está submetido ao ônus da prova, ou seja, terá que mostrar à Justiça com base em quê acusou a adversária de ter montando dossiê contra si – ou contra sua filha, tanto faz, porque ele seria o objetivo.
O fato de as acusações que constariam do suposto dossiê estarem circulando há muito tempo na internet tem sido desprezado pela mídia. Até porque, ela teria que explicar por que jamais sequer tocou no assunto. Mas, na Justiça, Serra terá que explicar por que alguém faria um “dossiê” sobre o que é de domínio público.
Se é verdade ou não que a filha de Serra é ou foi sócia da irmã de Daniel Dantas é outro assunto que terá que ser examinado. Vejam só. Pois a Justiça precisará determinar se o tal dossiê tem algum fundo de verdade, pois então deixaria de ser dossiê.
Particularmente, acho que essa questão não importa. Se for verdade, haverá mais um elemento para o eleitor decidir seu voto. E, se não for, nada mudará, a menos que se prove que foi Dilma que plantou essa informação na internet. Só que, se foi ela, fez isso há muito tempo, porque faz anos que essas informações estão circulando.
Aliás, se as filhas do político e do banqueiro forem mesmo sócias, em princípio não há nenhuma ilegalidade nisso. Claro que se realmente estão explorando negócios com o Estado e Serra tem alguma participação nisso, haveria que investigar a questão.
Infelizmente, a acusação de Serra terá esses desdobramentos, pois o ideal seria que as campanhas todas não resvalassem para discussões que, neste momento, não acrescentam nada e têm um viés absolutamente incompatível com o processo eleitoral que o Brasil quer e do qual precisa.
Por fim, resta atentarmos para os possíveis desdobramentos da interpelação judicial do PT. Se o candidato do PSDB à Presidência não provar que Dilma ordenou que informações que circulam na internet e que eram bem conhecidas por quem se interessa por política fossem compiladas e enviadas a meios de comunicação, acho que terá se metido em uma enrascada.
Estando o caso na Justiça, restará à mídia tentar pressioná-la para que um eventual insucesso de Serra em provar a acusação que fez pelo menos não tenha maiores conseqüências ou até para que dê razão a ele com base em alguma “evidência”, de forma a poder produzir manchetes falsamente conclusivas.
Contudo, cada tentativa de transformar em prova o que não for poderá render nova interpelação judicial do PT não só a Serra e ao PSDB, mas, também, a meios de comunicação que venderem a tese do tucano. O PT, portanto, fez o que a sociedade esperava, pois quem não deve, não teme – e quem acusa tem que provar a acusação.
http://www.blogcidadania.com.br/2010/06/serra-precisa-provar-acusacao-a-dilma/
ResponderExcluirBomba chiando! Livro desnuda a relação de Serra com Dantas.
ResponderExcluirsexta-feira, 4 de junho de 2010
Livro desnuda a relação de Serra com Dantas. É por isso que Serra se aloprou
A bomba explodiu no colo do Serra
O Conversa Afiada recebeu de amigo navegante mineiro o texto que serve de introdução ao livro “Os porões da privataria” de Amaury Ribeiro Jr., que será lançado logo depois da Copa, em capítulos, na internet.
Vai desembarcar na eleição.
É
http://dilma13.blogspot.com/
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