Houve um tempo em que eu reclinava a minha cabeça sobre ti. Nos momentos de frio, você cobria com as suas páginas sábias e ardentes meu peito. Quando tinha sede, bebia da sua fonte e dela me banhava para me purificar das impurezas do coração. Com os mais puros e singelos fonemas, vestia a minha nudez. As tuas páginas registram o embrião do mundo e dos homens. Mesmo assim, elas se entrelaçam e neste labirinto as interrogações surgem. Apesar desses minotauros, eu as degusto tranquilamente sob uma árvore. Você é o único de braços abertos no móvel de casa.
Meus Cadernos, 1997.
Impressionante tua sensibilidade...
ResponderExcluirAs palavras que tú usas, são de extrema sensibilidade, a não querer parar de ler jamais.
Escrever é a sua arte sem sombras de dúvidas.
Cara Mariane, obrigado pelo seu comentário. Da mesma forma que a minha escrita te tocou, sinta-se a vontade para dizer o contrário.
ResponderExcluirAbraço!!!