Lá vai a menina que passa
E os meus olhos que pregam uma peça em frente da praça
E os meus olhos que pregam uma peça em frente da praça
Lá vai todo o encanto
Que é livre quando canto ao meu amor
E todos olham na praça
Que eu, passo a passo, vou com pressa.
Que é livre quando canto ao meu amor
E todos olham na praça
Que eu, passo a passo, vou com pressa.
Lá vão os meus pensamentos
Todo mágico, todo humano
Que foge e se abafa de tanto lamento
Todo mágico, todo humano
Que foge e se abafa de tanto lamento
Lá vai o meu sorriso com o vento
Com cara de bento
E uma angústia por dentro
Com cara de bento
E uma angústia por dentro
Lá vai, lá vai e as minhas lágrimas
Não vão, e você menina, lá vai.
Não vão, e você menina, lá vai.
Lá vou eu,
Com a menina que passa,
As mãos que passam e os pensamentos que montam uma peça
No meio da praça.
Com a menina que passa,
As mãos que passam e os pensamentos que montam uma peça
No meio da praça.
Não me peça menina que passa, a minha face
E todos te olham e me olham.
Mas entendam: ela é a menina que passa com muita pressa pela praça
E todos te olham e me olham.
Mas entendam: ela é a menina que passa com muita pressa pela praça
(LIMA, Ronaldo Pereira de et all. O lugar da poesia e da prosa: Antologia, pp. 22-23. Rio de Janeiro: Taba Cultural, 2008).
Nossa, quem será a menina que passa pela praça???!!!!
ResponderExcluirE aí a menina foi pra praça????qual foi a praça???
ResponderExcluir"A menina que passa" não é nenhuma específica. Trata-se apenas de um fazer poético, de um simples gesto ou da miscigenação do nosso povo.
ResponderExcluir"A menina que passa" anda pelas praças, vão as praças; encantando e desencantando muita gente.
Valeu pelo comentário.
muito bom o ritmo, numa cadência gostosa que lembre Cecília Meireles.
ResponderExcluirObrigado, Aroeira, pelo comentário. Fico feliz que o ritmo das palavras no texto o fez lembrar de Cecília; este grande nome literário.
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